Cairo, 13 jun (EFE).- Dezenas de pessoas morreram nesta quarta-feira em ataques e bombardeios das forças do regime de Bashar al Assad na Síria, onde também foram registrados inúmeros combates entre os rebeldes e o Exército, informaram as organizações da oposição.
As províncias mais castigadas foram Homs (centro), Deir ez Zor (este) e Deraa (sul), todas atingidas pelos bombardeios das tropas governamentais. Em comunicado, o opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos explicou que pelo menos 43 pessoas morreram nesta quarta-feira na Síria, a metade na província de Homs.
Os bairros de Baba Amre, Yubeir e Sultaniya, situados na cidade de Homs, foram alvos de intensos bombardeios da artilharia do Exército sírio, assim como a cidade de Al Quseir.
Segundo os Comitês de Coordenação Local, pelo menos 23 pessoas morreram hoje nesta cidade, tida como um dos redutos da oposição.
Apesar da pressão internacional e do desdobramento de observadores da ONU, a violência se intensificou na Síria nas últimas semanas, que foram marcadas por confrontos entre as forças governamentais e os rebeldes.
Neste sentido, o Observatório informou que houve duros confrontos nas localidades de Al Kark e Al Mesaifera, ambas localizadas em Deraa (sul), onde pelo menos dois membros dos rebeldes morreram em um ataque efetuado por helicóptero.
As autoridades sírias anunciaram hoje que conseguiram restaurar a segurança e a calma na região de Al Hafa, na província mediterrânea de Latakia, que teria sido ‘limpa dos grupos terroristas’, enquanto os rebeldes alegam que houve uma retirada estratégica.
Uma fonte oficial em Latakia, citada pela agência de notícias síria ‘Sana’, informou que as forças de segurança perseguiram os terroristas, como são chamados os grupos opositores armados, e conseguiram expulsá-los das aldeias que rodeiam Al Hafa com intensos combates.
Segundo a versão oficial, estes grupos armados ‘aterrorizaram os cidadãos e saquearam propriedades públicas e privadas’, embora os grupos opositores aleguem que há dias esta região está sendo bombardeada pelas tropas de Bashar al Assad. EFE