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Novo presidente paraguaio diz que quer evitar problemas com Brasil

Por Da Redação
26 jun 2012, 15h48

Assunção, 26 jun (EFE).- O presidente do Paraguai, Federico Franco, lembrou nesta terça-feira ao Brasil sobre a dependência de seu país à energia proveniente da hidrelétrica binacional de Itaipu e disse que quer evitar problemas com o governo Dilma Rousseff.

Em entrevista à imprensa estrangeira, Franco disse que sua intenção é ter ‘boas relações’ com a presidente Dilma Rousseff ao longo dos 14 meses que restam para o fim de seu mandato formal, do qual tomou posse após o impeachment sofrido pelo ex-bispo Fernando Lugo na sexta-feira.

O novo líder disse que seu país depende muito da energia proveniente não só de Itaipu, mas também da hidrelétrica de Yacyretá, que o Paraguai compartilha com a Argentina. ‘O que eu menos queria é ter problemas com alguém, muito menos com dois países poderosos que o Paraguai tem ao redor’, admitiu.

Franco agradeceu o respaldo do Canadá e Taiwan a seu governo e disse compreender de alguma forma a rejeição de boa parte da comunidade internacional ao seu governo.

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Ele pediu à presidente Dilma Rousseff que converse com os brasileiros que vivem no Paraguai, conhecidos como ‘brasiguaios’, sobre sua postura em relação à crise política no país vizinho.

Uma delegação de ‘brasiguaios’, formada, segundo Franco, por cerca de 500 mil pessoas que habitam vastas extensões agrícolas próximas à fronteira comum, se reuniu nesta terça-feira justamente com Franco para expressar-lhe seu apoio ‘por unanimidade’, disse o chefe de Estado paraguaio.

‘Quando suas terras eram invadidas, os funcionários da embaixada (brasileira em Assunção) respondiam que não podiam fazer nada porque este país (Paraguai) é autônomo’, disse nesta terça-feira Franco, que pediu que se respeite agora essa ‘mesma autonomia’ e a ‘livre determinação dos povos’.

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O governante ressaltou ainda que ‘grande parte da energia de São Paulo é abastecida por Itaipu’, por isso, ‘não há razão para ter más relações com os brasileiros’.

Em troca de uma compensação econômica aproximada de US$ 500 milhões, o Paraguai cedeu no ano passado 92% da energia produzida em Itaipu e Yacyretá ao Brasil e à Argentina. Em 2011, Itaipu e Yacyretá representaram 11,2% do PIB nacional paraguaio, e 14,3% no primeiro trimestre de 2012, segundo dados do Banco Central do país.

Uma das primeiras medidas de Franco no governo foi nomear nesta segunda-feira o diretor-geral paraguaio em Itaipu, poucas horas após apresentar seu gabinete ministerial. EFE

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