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Novas explosões deixam 20 mortos na Síria

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30 abr 2012, 16h35

As forças de segurança síria foram alvo de atentados em Idlib (noroeste), um dia depois da chegada do general norueguês Roberto Mood, chefe da missão de observação da ONU na Síria, onde a violência deixou ao menos 70 mortos neste fim de semana.

“Mais de 20 pessoas, na maioria membros das forças de segurança, morreram devido a fortes explosões que atingiram a cidade de Idlib e que tinham como alvo os centros de segurança”, afirmou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres.

Segundo esta fonte, as explosões ocorreram pela manhã e às 15h30 locais (09h30 de Brasília) houve uma terceira no bairro da universidade que deixou feridos.

Por sua parte, a televisão estatal falou de nove mortos e 100 feridos entre civis e oficiais das forças de segurança em “dois atentados suicidas terroristas com carros-bomba” nas regiões residenciais.

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A emissora divulgou imagens de restos mortais humanos e manchas de sangue, assim como edifícios com destroços e moradores gritando: “é isso a liberdade que pedem? Onde está a liberdade?”, atacando Catar e Arábia Saudita, que pediram para armar os rebeldes.

Alguns gritavam “Deus, Síria, Bashar e nada mais”, slogan de apoio ao presidente Bashar al Assad, que não reconhece a envergadura da rebelião no país e afirma lutar contra “grupos terroristas armados”.

Algumas horas depois, uma terceira explosão atingiu a cidade universitária da região, e o OSDH disse que houve vítimas.

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O Observatório afirmou que dois civis foram mortos nesta segunda-feira – um por um atirador em um vilarejo na província de Deir Ezzor e outro em uma cidade na província de Homs.

Tropas foram vistas procurando por desertores em Kfar Nabal, na província de Idlib, e fazendo detenções em Deir Ezzor, uma cidade de Quriya.

Acreditava-se que a presença de Mood faria uma pressão adicional para o cessar-fogo apoiado pela ONU que entrou em vigor em 12 de abril, mas, aparentemente, não fez diferença.

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Na sexta-feira, um carro-bomba matou 11 pessoas em Damasco.

Ativistas antirregime acusaram o governo de estar por trás da série de explosões, enquanto as autoridades culparam “terroristas”.

O Conselho Nacional Sírio, o maior grupo da oposição, diz que os ataques em Damasco eram “mais um truque” do regime para justificar a contínua repressão usada contra uma revolução que começou em março do ano passado.

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“O regime de Assad está tentando de diferentes maneiras enganar e distrair os observadores (da ONU) para evitar que continuem seu trabalho”, dizia uma declaração, pedindo por “uma comissão internacional de inquérito para desmascarar quem realmente está por trás das explosões”.

O plano de paz, intermediado pelo emissário das Nações Unidas Kofi Annan, fala em um compromisso de interromper a violência armada, um cessar-fogo humanitário diário com a duração de duas horas, acesso da mídia a todas as áreas afetadas pelo conflito, uma política inclusiva liderada pela Síria, o direito às manifestações e a libertação dos detidos.

“Para alcançar o sucesso do plano de Kofi Annan, eu peço que todos os lados parem com a violência e nos ajudem a continuar o cessar da violência armada”, disse o major general Robert Mood, chefe da missão de observadores da ONU.

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“Para conseguirmos isso, temos hoje 30 observadores, e nos próximos dias esse número será dobrado”, disse ele, acrescentando que a quantidade chegaria “rapidamente” a 300.

De acordo com os observadores, ao menos 70 pessoas, incluindo 47 civis, morreram em todo o país no fim de semana.

Em sua chegada, no domingo, o general norueguês Robert Mood, pediu o fim da violência a todas as partes.

“Para obter o êxito do plano de Kofi Annan, peço a todas as partes o fim da violência e que nos ajudem a manter o cessar da violência armada de todas as partes”, declarou.

“Vamos trabalhar na aplicação completa do plano de Annan de seis pontos, aceito pelo governo sírio. Para conseguir isto, temos agora 30 observadores no país, vamos dobrar o número nos próximos dias”, completou.

As Nações Unidas estimam que mais de 9 mil pessoas foram mortas desde o início da revolta contra o regime de Assad, no ano passado.

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