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Nova York pode usar guarda nacional para substituir profissionais de saúde

Governadora do estado quer escalar oficiais com treinamento médico para suprir a falta de funcionários de hospitais não vacinados

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 set 2021, 16h57 - Publicado em 26 set 2021, 16h18

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, está considerando a possibilidade de usar a guarda nacional para suprir a falta de profissionais da saúde, já que milhares desses trabalhadores provavelmente não conseguirão cumprir o prazo para a vacinação obrigatória contra a Covid-19, nesta segunda-feira 27. O plano é declarar estado de emergência e, assim, aumentar a oferta incluindo profissionais licenciados de outros estados e países e enfermeiras aposentadas. “Ainda estamos em uma batalha contra a Covid-19 para proteger nossos entes queridos”, disse Hochul, que pretende escalar também oficiais da guarda nacional com treinamento médico e, assim, manter hospitais funcionando. “Elogio todos os profissionais de saúde que se prepararam para se vacinar e estimulo todos os demais que não foram vacinados a fazê-lo agora, para que possam continuar prestando cuidados à população”, acrescentou.

O plano surge em meio a uma batalha entre líderes do governo estadual e federal, que pressionam por vacinas para ajudar no combate à variante Delta, altamente contagiosa, e no estímulo a trabalhadores que são contra a inoculação, alguns por motivos religiosos. Por conta disso, Hochul participou de um culto no Centro Cultural Cristão, no Brooklyn, para pedir aos fiéis que ajudassem a promover a imunização. “Eu preciso que vocês sejam meus apóstolos. Que saiam e conversem sobre isso. Que digam: nós devemos isso um ao outro”, discursou. “Jesus nos ensinou a amar uns aos outros e vocês mostram esse amor se preocupando com o próximo e pedindo que tome a vacina para poder viver.”

Segundo o governo de Nova York, cerca de 16% dos 450 mil profissionais de saúde do estado não foram totalmente imunizados. Os que se recusaram a tomar a vacina foram demitidos e não terão direito ao seguro-desemprego, a menos que tenham um atestado médico válido para justificar a recusa. Sobre os funcionários não vacinados por questões religiosas, o estado não deixou claro quais seriam as providências. Um juiz federal em Albany ordenou temporariamente que as autoridades permitissem isenções religiosas para o decreto de vacina imposto pelo estado aos profissionais de saúde, instituído pelo ex-governador Andrew Cuomo. A exigência de vacinação de professores também foi temporariamente bloqueada por um tribunal de apelações dos Estados Unidos, poucos dias antes de entrar em vigor. Uma nova audiência está marcada para quarta-feira, 29.

De acordo com um levantamento da Reuters, a variante Delta, altamente transmissível, gerou um aumento nos casos de Covid-19 e hospitalizações nos Estados Unidos, atingindo o pico no início de setembro. As mortes continuam a aumentar, com o país relatando cerca de 2 mil óbitos por dia, principalmente entre os não vacinados. Embora o índice de novos casos tenha caído cerca de 25% no país, o aumento de infecções em Nova York só se estabilizou recentemente.

Em uma tentativa de proteger os mais vulneráveis, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) anunciaram na sexta-feira 24, uma dose de reforço da vacina Pfizer-BioNTech para os americanos com 65 anos ou mais, adultos com comorbidades e que trabalhem em ambientes de alto risco. “Inclui pessoas que vivem em abrigos para sem-teto, em casas de repouso e prisões, além das que trabalham nesses lugares”, disse Rochelle Walensky, diretora do CDC ao programa Face the Nation, da CBS. “Também os profissionais de saúde, professores, trabalhadores de supermercados e funcionários de transporte público”, finalizou.

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