Nova ofensiva do regime sírio deixa nove mortos
Dezenas de pessoas ficaram feridas, muitas delas em estado grave
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança do ditador, que já mataram mais de 2.700 pessoas no país, de acordo com a ONU, que vai investigar denúncias de crimes contra a humanidade no país.
- • Tentando escapar dos confrontos, milhares de sírios cruzaram a fronteira e foram buscar refúgio na vizinha Turquia.
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Pelo menos nove civis morreram nesta terça-feira e dezenas ficaram feridos em uma ofensiva das forças de segurança sírias em vários pontos do país, segundo grupos opositores. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos informou, em uma nota, sobre a morte de seis pessoas em Homs, no centro do país, de outra em Deraa (sul) e de mais duas na província de Idleb (norte).
Em Homs, as operações do regime foram concentradas nos bairros de Al Bayada, onde quatro pessoas perderam a vida, e Al-Khalediya, onde dois civis morreram e cerca de 30 ficaram feridos. As ações em Al Bayada foram executadas depois que militares desertores, que apoiam os opositores do ditador Bashar Assad, incendiaram um tanque e explodiram um veículo blindado.
Já os Comitês de Coordenação Local falam, por sua vez, na morte de três pessoas em Al Bayada e afirmaram que também foram escutados disparos e explosões nas regiões de Baba Amro e Al-Rastan, ambos em Homs. Nesta terça-feira, Al-Rastan foi palco de uma ampla operação das forças militares e policiais, que terminou com cerca de 20 feridos, vários deles em estado grave.
Quanto à ofensiva na província de Deraa, o Observatório indicou que um civil morreu e outros cinco ficaram feridos em uma batida efetuada pelas forças de segurança nesta madrugada na localidade de Tafas. Além disso, dois civis morreram durante uma perseguição policial na aldeia de Kafr Ruma, na província de Idleb.
(Com agência EFE)