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Nova investigação descarta cúmplice no caso Kampusch

Comissão a cargo de reexaminar processo diz que sequestrador agiu sozinho

Por Da Redação
15 abr 2013, 16h10

O austríaco Wolfgang Priklopil, que sequestrou a menina Natascha Kampusch quando ela tinha 10 anos, agiu, muito provavelmente, sozinho, considerou nesta segunda-feira uma comissão a cargo de reexaminar o caso, em particular a existência de um cúmplice no crime. Essa investigação foi iniciada em julho de 2012 por uma equipe que inclui especialistas do FBI, a polícia federal americana, e da polícia criminal federal alemã (BKA).

“A comissão de avaliação se pronunciou a favor da teoria do autor único”, declarou o presidente da BKA, Jörg Ziercke, em uma entrevista coletiva em Viena na qual foi divulgado o relatório final. Sequestrada quando ia para a escola no dia 2 de março de 1998, Natascha, que hoje tem 25 anos, foi mantida refém durante oito anos e meio antes de conseguir escapar, no dia 23 de agosto de 2006. Ela diz nunca ter visto mais ninguém durante seu tempo em cativeiro.

“Embora o envolvimento de outras pessoas no sequestro não possa ser completamente descartado, não há prova objetiva disso e nenhuma pista pôde ser encontrada”, afirma o relatório. Segundo Ziercke, também não foi possível estabelecer, “apesar das buscas”, vínculos entre o sequestrador e ambientes sadomasoquistas, de prostituição ou de pedofilia.

Leia também:

O enigma de Natascha Kampusch

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“Viver entre as pessoas é o grande desafio”

Testemunhos – O testemunho de uma jovem que teria visto duas pessoas no momento em que Natascha foi sequestrada foi considerado subjetivo. Segundo Ziercke, ela havia se equivocado ao confundir o veículo do sequestrador com outro que viu mais tarde em um cruzamento, no qual estavam dois passageiros. O relatório final informa, no entanto, sobre “erros em algumas etapas da investigação”.

A comissão realizou 84 interrogatórios, mas não voltou a ouvir Natascha Kampusch ou Ernst Holzapfel, agente imobiliário amigo de Priklopil. A procuradoria de Viena já havia excluído a atuação de um cúmplice em janeiro de 2010, após uma investigação de 15 meses, mas em sua autobiografia “3.096 Tage” (3.096 dias), publicada em setembro de 2010, Natascha havia criticado a polícia e a ausência de resultados na investigação.

Em novembro de 2011, a justiça austríaca livrou de qualquer suspeita a procuradoria de Viena, abandonando a investigação contra cinco magistrados suspeitos de negligência. Uma comissão de investigação parlamentar criada pelos ministérios austríacos de Justiça e de Interior havia recomendado em junho de 2012 a revisão do caso.

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Saiba mais:

Natascha Kampusch relembra seus 3.096 dias em cativeiro

O caso Kampusch – entre inverdades e controvérsias

(Com agência France-Presse)

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