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Nova Constituição confere a Kim Jong-un status de chefe de Estado

Mudança na designação do líder norte-coreano é tida como manobra para alcançar um tratado de paz com os Estados Unidos

Por Da Redação
Atualizado em 12 jul 2019, 19h44 - Publicado em 12 jul 2019, 19h36

Divulgada na quinta-feira 12, a nova Constituição da Coreia do Norte transfere o cargo de chefe de Estado, antes reservado ao presidente da Assembleia Popular Suprema, para o comandante-chefe das Forças Armadas, ninguém menos que o ditador Kim Jong-un.

O texto da Constituição está disponível no site estatal Naenara e acalara que Kim, na condição de presidente da Comissão de Assuntos de Estado (SAC), uma entidade estatal criada em 2016, é “o representante supremo de todo o povo coreano”. Ou seja, é o chefe de Estado e “comandante-chefe” do país. Anteriormente, o ditador era qualificado somente como “líder supremo”, no comando da “força militar geral” da Coreia do Norte.

A alteração, na prática, mudará pouco a maneira como o ditador norte-coreano exerce seu poder ilimitado. “Kim tinha o sonho de se tornar o presidente da Coreia do Norte e, efetivamente, o transformou em realidade”, disse Kim Dong-yup, professor do Instituto do Extremo Ocidente da Universidade Kyungnam, de Seul.

“Há tempos ele tentava descartar a política ‘militares em primeiro’ à qual o país se ateve durante muito tempo”, completou.

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Tratado de paz

Donald Trump e Kim Jong-un se encontram em Zona Desmilitarizada, entre as duas Coreias: promessa de nova rodada de negociação – 30/06/2019 (Kevin Lamarque/Reuters)

Há tempos a Coreia do Norte pede um acordo de paz com os Estados Unidos para normalizar as relações e encerrar o estado de guerra que mantém com a Coreia do Sul. A situação de conflito potencial impera desde o armistício da Guerra da Coreia. Um tratado de paz jamais foi assinado, e a fronteira entre os dois países tem a faixa mais armada do mundo, embora seja designada como Zona Desmilitarizada (DZM).

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Observadores internacionais dizem que a manobra para tornar Kim um chefe de Estado está relacionado às negociações, até agora frustradas, de firmar um tratado de paz com os Estados Unidos. Kim voltou seu foco à economia no ano passado, iniciou conversas com o presidente americano, Donald Trump e se empenhou em adotar uma imagem de líder mais afável nas reuniões com os presidentes da Coreia do Sul, da China e da Rússia.

Há expectativa de um novo encontro entre Kim e Trump ainda neste ano para retomar as conversas sobre o desmonte do aparato nuclear da Coreia do Norte e a eliminação das sanções internacionais, sobretudo americanas, sobre o país. Depois de um fracasso retumbante no encontro de Singapura, Kim Jong-un recebeu Trump na Zona Desmilitarizada no final de junho. Trump se tornou o primeiro presidente americano a entrar em solo norte-coreano ao atravessar a fronteira na DMZ.

(Com Reuters)

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