Noruega acusa empresário de corrupção envolvendo a Petrobras
Arne Smedal é acusado de ter pago suborno para conseguir contratos com a Petrobras. Se confirmado, pode ser um dos maiores casos de corrupção da história da Noruega
O fundador da companhia norueguesa Sevan, fabricante de plataformas marítimas flutuantes, foi acusado pelas autoridades da Noruega de suborno e de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, conhecido como petrolão. A Sevan e sua antiga filial Sevan Drilling foram acusadas de violar dois artigos do Código Penal norueguês por terem pago vários milhões de coroas em subornos para um mediador brasileiro para obter dois contratos com a Petrobras, assinados entre 2005 e 2008. O mediador não foi identificado pela imprensa norueguesa.
“É surpreendente o que estão investigando agora; é incompreensível que nossos pagamentos possam ter ido para pessoas na Petrobras e para políticos no Brasil”, declarou Arne Smedal, fundador da Sevan, ao jornal Dagens Næringsliv, ao confirmar ter sido acusado na investigação, embora tenha garantido desconhecer o esquema. Smedal não citou nominalmente nenhum político que teria sido beneficiado no esquema.
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A Sevan admitiu neste fim de semana que a polícia norueguesa para crimes financeiros (Økokrim, em norueguês) revistou na sexta-feira vários de seus escritórios e que tinha sido acusada de corrupção junto com a Sevan Drilling, controlada desde 2011 pela também norueguesa Seadrill. Um relatório de um escritório de advogados contratado pela Sevan este ano, quando a imprensa brasileira vinculou a companhia ao caso Petrobras, concluiu que “é mais provável do que improvável que a empresa tenha pago subornos” para vencer licitações no Brasil.
O relatório foi enviado às autoridades norueguesas, comunicou a Sevan. Se confirmado, o crime pode ser um dos maiores casos de corrupção da história da Noruega – país famoso por ter baixíssimos índices de corrupção.
(Da redação)