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No Japão, Trump quis navio americano “USS McCain” fora da vista

Embarcação leva o nome do senador republicano, morto em 2018, que mais desafiou a candidatura e a gestão do presidente

Por Da Redação
Atualizado em 30 Maio 2019, 13h32 - Publicado em 30 Maio 2019, 13h12

A Casa Branca solicitou que o navio batizado com o nome do senador republicano John McCain, rival de Donald Trump morto em agosto de 2018, permanecesse “fora da vista” do presidente americano durante sua recente visita ao Japão, informou o The Wall Street Journal.

Em troca de e-mails entre oficiais do Comando do Pacífico (braço da Armada que comanda as operações no oceano Pacífico), da Marinha e da Força Aérea americanos, aos quais o jornal teve acesso, é pedido que “o USS John McCain precisa ficar fora da vista”.

As correspondências foram trocadas antes da visita presidencial, entre os últimos dias 25 e 29. O USS John McCain é um destróier de mísseis teleguiados da classe Arleigh Burke.

Pouco antes de Donald Trump discursar nesta terça-feira 28 no convés do porta-aviões USS Wasp, ancorado na base americana da cidade japonesa Yokosuka, uma lona que cobria o nome do senador no USS John McCain foi retirada, mas outra embarcação foi colocada entre as duas naves para dificultar a indesejável vista.

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O porta-voz da 7ª Frota americana disse que “todos os navios conservaram sua posição habitual durante a visita do presidente”. No Twitter, o chefe de relações públicas da Marinha, Charlie Brown, disse que “o nome do navio USS John McCain não foi obstruído durante a visita do Presidente a Yokosuka”. “A Marinha tem orgulho desse navio, de sua tripulação, de seu nome e de sua herança”, disse Brown.

Questionado por uma usuária no Twitter sobre a lona, Brown disse que as fotos em que o navio aparece com o nome encoberto foram tiradas um dia antes da visita de Trump.

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Também no Twitter, Donald Trump afirmou, na noite de quarta-feira, 29, que não sabia desse pedido durante sua visita. “Não fui informado de nada que tenha a ver com o navio da Marinha ‘USS John McCain’ durante minha recente visita ao Japão”, afirmou.

Donald Trump e John McCain nunca esconderam o desprezo mútuo. O milionário, isento do serviço militar, ironizou em 2015 o status de herói da guerra do Vietnã do falecido senador, que foi prisioneiro e torturado durante cinco anos.

Figura respeitada da política americana, mesmo entre os democratas, McCain retirou seu apoio à candidatura de Trump na eleição presidencial de 2016 e, como congressista, votou contra o projeto da Casa Branca de eliminar a Lei de Saúde aprovada pelo governo de Barack Obama.

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Vítima de câncer cerebral, McCain morreu em 25 de agosto de 2018, aos 81 anos. Ele fez questão de  anunciar que não desejava a presença de Trump em seu funeral.

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