Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

No Egito, Promotoria acusa 250 partidários da Irmandade Muçulmana de terrorismo e tentativa de assassinato

Mais de 1.000 membros da Irmandade foram presos. Conflitos chegam ao quarto dia seguido

Por Da Redação
17 ago 2013, 19h06

Promotores egípcios acusaram oficialmente 250 partidários da Irmandade Muçulmana de tentativa de assassinato e terrorismo, afirmou neste sábado a agência estatal de notícias Mena. A acusação inicia uma investigação contra os opositores do governo.

O Egito completou neste sábado quatro dias consecutivos de conflitos violentos entre polícia e manifestantes contrários à deposição do presidente Mohamed Mursi, membro da Irmandade. Os confrontos tiveram início na quarta-feira, quando mais de 600 pessoas morreram, segundo o Ministério da Saúde do Egito.

Entenda o caso

  1. • Na onda das revoltas árabes, egípcios iniciaram, em janeiro de 2011, uma série de protestos exigindo a saída do ditador Hosni Mubarak, há trinta anos no poder. Ele renunciou no dia 11 de fevereiro.
  2. • Durante as manifestações, mais de 800 rebeldes morreram em confronto com as forças de segurança de Mubarak, que foi condenado à prisão perpétua acusado de ordenar os assassinatos.
  3. • Uma Junta Militar assumiu o poder logo após a queda do ditador e até a posse de Mohamed Mursi, eleito em junho de 2012.
  4. • Membro da organização radical islâmica Irmandade Muçulmana, Mursi ampliou os próprios poderes e acelerou a aprovação de uma Constituição de viés autoritário.
  5. • Opositores foram às ruas protestar contra o governo e pedir a renúncia de Mursi, que não conseguiu trazer estabilidade ao país nem resolver a grave crise econômica.
  6. • O Exército derrubou o presidente no dia 3 de julho, e anunciou a formação de um governo de transição, que não foi aceito pelos membros da Irmandade Muçulmana.

Leia mais no Tema ‘Revolta no Egito’

Continua após a publicidade

O Ministério do Interior egípcio já havia informado que as forças de segurança detiveram 1.004 membros da Irmandade Muçulmana neste sábado, além de terem apreendido uma considerável quantidade de armas e munição. Em comunicado, o governo afirmou que as detenções foram realizadas em todas as províncias do país, em operações para fazer frente às “tentativas terroristas de elementos da Irmandade Muçulmana, que deseja empurrar o país para um ciclo de violência”.

Leia também:

Dinamarca suspende ajuda humanitária ao Egito

Após massacre, Obama cancela exercício militar com Egito

Continua após a publicidade

Mesquita – Também neste sábado, a polícia egípcia retirou à força, em meio a um intenso tiroteio, centenas de manifestantes islamitas que permaneceram durante várias horas dentro da mesquita Al-Fateh, localizada na praça de Ramsés, no centro do Cairo. A informação foi dada pelo porta-voz do Ministério do Interior, Hani Abdel-Latif. Os manifestantes haviam desrespeitado o toque de recolher e se escondido dentro da mesquita durante a noite de sexta-feira, dia em que osconfrontos entre as forças de segurança do Egito e os manifestantes causaram 173 mortes em todo o país – 95 delas na capital.

Segundo a CNN, a polícia egípcia chegou a pedir que os manifestantes deixassem a mesquita. No entanto, os simpatizantes da Irmandade Mulçumana, mesmo estando sem comida ou suprimentos médicos, rejeitaram o pedido com medo de sofrer represálias mais violentas. A situação piorou quando as forças de segurança começaram a atirar contra a mesquita, alegando que os manifestantes dispararam tiros contra a polícia. A polícia conseguiu tirar todos os manifestantes da mesquita e, no final da tarde deste sábado, não se ouvia mais tiros no Cairo.

(Com agências Reuters e AFP)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.