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Nigéria: civis matam mais de 100 membros do Boko Haram

Segundo testemunhas e agências de notícias, grupos se organizaram e se armaram para enfrentar os extremistas religiosos em cidade do norte do país

Por Da Redação
15 Maio 2014, 10h20

Grupos civis armados mataram entre 100 e 200 membros da seita radical islâmica Boko Haram em uma emboscada no norte da Nigéria, informaram nesta quinta-feira fontes do governo e moradores do estado de Borno, no norte do país. Um deputado de Borno, que não teve a identidade revelada, confirmou o ataque ao jornal nigeriano Daily Trust. Jovens do distrito de Kala-Balge, no mesmo estado, se organizaram na quarta-feira para atacar membros do grupo radical, que sequestrou mais de 200 meninas em uma escola em Borno há um mês.

Segundo a rede britânica BBC, os civis organizaram a ofensiva após descobrirem que membros do Boko Haram iriam atacar a cidade de Rann e outros municípios próximos. “Os aldeões conseguiram proteger suas casas dos agressores. Eles mataram cerca de 200 membros da seita e muitos outros escaparam com ferimentos graves”, disse o parlamentar.

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Com poucas armas de fogo, os civis usaram arcos, lanças, adagas e facões para enfrentar os fundamentalistas. “Foi uma dura batalha. Eram centenas de agressores que chegaram em caminhões e estavam muito bem armados. Mas triunfamos”, disse à agência EFE um dos líderes da milícia Umaru Siddiq. “Não contei o número de mortos, mas outros que o fizeram me disseram que eram mais de cem”, disse. Os moradores também se apoderaram de setenta motocicletas, dois caminhões e um veículo blindado dos homens do Boko Haram. Dois extremistas foram capturados.

Soldados atacam seu próprio comandante – Soldados nigerianos abriram fogo contra seu comandante na cidade de Maiduguri, capital de Borno, relata a BBC citando testemunhas locais. O major-general Ahmed Mohammed escapou ileso depois que soldados atiraram em seu carro no quartel Maimalari, disseram as fontes. Os soldados o culparam pela morte de seus colegas em uma emboscada feita por supostos militantes do Boko Haram.

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O porta-voz do Exército, Chris Olukolade, descreveu o incidente em Maiduguri como uma “questão interna” e disse que não havia necessidade de preocupação pública. Mas o tiroteio mostra que a moral dentro do Exército é baixa, diz o analista da BBC especialista em Nigéria, Naziru Mikailu.

O Boko Haram luta para impor a sua interpretação da sharia, a lei islâmica, na Nigéria – país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul – e mantém uma campanha armada sangrenta que causou mais de 3.000 mortos desde 2009.

(Com agência EFE)

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