O religioso Hassan Khomeini, próximo aos reformistas e neto do aiatolá Khomeini, fundador da República Islâmica do Irã, foi excluído das eleições de 26 de fevereiro para definir a chamada Assembleia de Especialistas. O Conselho dos Guardiões da Constituição, responsável por validar as candidaturas, não conseguiu verificar as competências religiosas de Hassan Khomeini, considerado um “religioso de categoria média”. O Conselho do Guardiães é controlado por conservadores que defendem as rígidas políticas morais do islamismo praticadas no Irã.
A Assembleia de Especialistas supervisiona o guia espiritual da revolução islâmica e, dependendo do caso, pode determinar sua destituição. O organismo pode ter um papel importante na escolha de um novo guia espiritual caso o atual, aiatolá Ali Khamenei, morra. Aos 76 anos, Khamenei é quem realmente comanda o país, com autoridade para influenciar as escolhas políticas e de vetar inclusive decisões e decretos do presidente Hassan Rohani.
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Entre os candidatos admitidos estão o ex-presidente Akbar Hashemi Rafsandjani e o atual presidente Rohani. As eleições para a Assembleia de Especialistas acontecem no mesmo dia que as legislativas. As duas assembleias são controladas atualmente pelos conservadores.
As eleições são cruciais para o presidente moderado Hassan Rohani, que aspira obter uma maioria moderada de deputados reformistas no Parlamento iraniano para poder aplicar suas reformas políticas e sociais.
(Da redação)