Netanyahu diz que vídeo de reféns do Hamas é ‘propaganda psicológica’
No clipe de 76 segundos, uma das mulheres critica governo israelense em hebraico por não ter protegido as pessoas durante ataque
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou como “cruel propaganda psicológica” um vídeo publicado pelo grupo militante palestino Hamas com três reféns israelenses. No clipe de 76 segundos, com o título “Vários detidos sionistas enviam uma mensagem a (Benjamin) Netanyahu e ao seu governo”, uma das mulheres critica o governo israelense em hebraico por não ter protegido as pessoas durante o ataque do Hamas em 7 de outubro e pede que Israel realize uma troca de prisioneiros.
“Liberte-nos agora. Libertem os seus cidadãos, libertem os seus prisioneiros, libertem todos nós. Voltemos para nossas famílias”, diz uma das mulheres no vídeo.
Embora a mídia israelense tenha publicado fotos das mulheres, alguns veículos afirmaram que não transmitiriam o vídeo completo, já que os comentários teriam sido ordenados pelo Hamas. Elas foram identificadas como Daniel Aloni, Rimon Kirsht e Yelena Trupanob.
Netanyahu demonstrou solidariedade às famílias dos israelenses sequestrados e disse estar “abraçando” as vítimas mantidas em Gaza.
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“Nosso coração está com vocês e com todos os outros sequestrados. Estamos fazendo tudo o que podemos para trazer todos os sequestrados e desaparecidos para casa”, disse o primeiro-ministro. “Viro-me para Elena Trupanov, Daniel Aloni e Rimon Kirsht, que foram sequestradas pelo Hamas, que comete crimes de guerra. Eu abraço vocês”.
Na sexta-feira, uma autoridade do Hamas, Abu Hamid, afirmou que o grupo só libertará os reféns detidos se Israel concordar com um cessar-fogo e parar de bombardear o enclave. Segundo Hamid, o Hamas, que soltou quatro dos detidos até agora, deixou claro que pretendia libertar “prisioneiros civis”. No entanto, alertou que isso exigia um “ambiente calmo”, alegando que os bombardeios israelenses já mataram 50 reféns.