Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Netanyahu anuncia objetivo de anexar o palestino Vale do Jordão

Promessa surge em momento crítico para o premiê israelense na campanha para as eleições de 17 de setembro

Por Da Redação
10 set 2019, 17h30

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta terça-feira, 10, sua intenção de anexar o Vale do Rio Jordão, na Cisjordânia ocupada, se vencer a eleição geral da semana que vem. A iniciativa significaria a absorção de um terço do território palestino.

“Hoje, anuncio minha intenção de, após o estabelecimento de um novo governo, aplicar a soberania israelense ao Vale do Jordão e ao norte do Mar Morto”, disse Netanyahu em discurso transmitido ao vivo em canais de televisão de Israel.

Netanyahu luta por sua sobrevivência política em disputa eleitoral a ser definida no próximo dia 17. Embora tenha vencido as eleições de abril, o primeiro-ministro não conseguiu formar uma coalizão com o Israel Nosso Lar, de extrema direita, para formar seu novo governo. Ele novamente deverá enfrentar o Partido Azul e Branco, do general Benjamin Gantz.

Nesse contexto, ele reafirmou sua promessa de anexar todos os assentamentos judeus na Cisjordânia, que é território reconhecido internacionalmente como palestino.

Continua após a publicidade

Conforme explicou, essa iniciativa não será adotada antes da publicação de um muito aguardado plano de paz dos Estados Unidos para o Oriente Médio e de consultas ao presidente norte-americano, Donald Trump. O plano de Trump, desenhado por seu genro Jareed Kushner, não deverá incluir o reconhecimento do Estado palestino.

Os Estados Unidos ainda não comentaram o anúncio de Netanyahu. Mas os palestinos, sim. O premiê palestino, Mohammad Shtayyeh, disse que o líder israelense é um “primeiro destruidor do processo de paz”.

Colinas Trump

O Vale do Jordão, que os palestinos pleiteiam para o perímetro leste de um Estado na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, se estende do Mar Morto, no sul, até a cidade israelense de Beit Shean, no norte.  O vale de 2.400 quilômetros quadrados representa quase 30% da Cisjordânia e é o lar de 65.000 palestinos e de 11.000 israelenses que residem em assentamentos ilegais.

Há tempos Israel diz que pretende manter o controle militar do território mesmo após celebrar qualquer acordo de paz com os palestinos. O país construiu assentamentos na Cisjordânia, destinados especialmente para judeus ortodoxos, ocupa a parte oriental de Jerusalém. Pertencentes à Síria, as Colinas de Golã também são ocupadas por forças militares de Israel, que rebatizou a área como “Colinas de Trump” em junho passado.

(Com Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.