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Netanyahu a Obama: fique alerta diante de discurso ‘light’ do Irã

Premiê israelense visitou presidente americano e defendeu que sanções sejam reforçadas se o Irã desafiar Ocidente nas negociações sobre programa nuclear

Por Da Redação
30 set 2013, 22h21

No dia em que as atenções nos Estados Unidos – e nos mercados internacionais – estão todas voltadas para a disputa partidária sobre a questão orçamentária, o presidente Barack Obama recebeu uma rara visita do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Em relação à política externa americana, o encontro teve sua importância ainda mais evidenciada por ocorrer apenas três dias depois de Obama e o presidente iraniano Hassan Rohani conversarem por telefone, marcando o primeiro contato entre os presidentes dos dois países em mais de três décadas.

Inimigo do Irã, Israel advertiu Obama para não se deixar levar pelos sinais conciliatórios emitidos pelo novo presidente iraniano. Netanyahu pediu que as sanções sejam mantidas até que o Irã mostre progressos “verificáveis” em relação às negociações sobre o programa nuclear do país. “Israel acredita firmemente que, se o Irã continuar a avançar com seu programa nuclear durante as negociações, as sanções devem ser reforçadas”.

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“O Irã está comprometido com a destruição de Israel. Então, para Israel, o teste final de um acordo futuro com o Irã está baseado em saber se o Irã vai ou não acabar com seu programa nuclear militar”, acrescentou, segundo o jornal The New York Times.

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Israel já havia considerado o discurso de Rohani na Assembleia Geral das Nações Unidas “cínico e hipócrita”, depois de o iraniano dizer que acredita em uma saída diplomática para as diferenças com Washington. Obama comprou a tese do caminho diplomático e tomou a iniciativa de entrar em contato com Rohani. O democrata tratou a mudança de tom das mensagens vindas do Irã como uma “oportunidade única” de progresso na relação entre os dois países.

Mesmo com a mudança de tom no discurso, o Irã continua defendendo o direito de continuar a enriquecer urânio, condição que o ministro de Relações Exteriores e negociador nuclear iraniano, Mohammad Javad Zarif, classificou de “inegociável”. “As negociações estão sobre a mesa para discutir vários aspectos do programa de enriquecimento. Nosso direito a enriquecer não é negociável”, disse, em entrevista à rede americana ABC. O ministro também reforçou que o programa nuclear iraniano é pacífico – alegação que não convence as potências ocidentais. “Não precisamos de urânio em grau militar. Isso é uma certeza e nós não vamos nos mover nessa direção”.

Obama – Nesta segunda, depois do encontro com o aliado Netanyahu, Obama disse que é preciso “testar a diplomacia”, mas acrescentou que o Irã deve negociar de boa fé e que ele não vai descartar a alternativa militar se não houver avanço nas negociações.

“Tanto eu como o primeiro-ministro concordamos que é imperativo que o Irã não possua uma arma nuclear. Não queremos disparar uma corrida nuclear na região mais volátil do mundo”, disse Obama, segundo o jornal The Washington Post.

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