Naufrágio em Cuba mata 38 emigrantes haitianos
Oficiais da guarda costeira cubana resgataram 87 pessoas do acidente
Pelo menos 38 pessoas morreram após o naufrágio de uma embarcação de emigrantes haitianos, neste sábado, na costa leste de Cuba, informou a televisão estatal cubana. Os corpos foram encontrados pela guarda costeira do país, que resgatou outras 87 pessoas.
Os trabalhos de busca e resgate permitiram encontrar os corpos 21 homens e 17 mulheres. Segundo uma nota divulgada pelo Estado-Maior Nacional da Defesa Civil de Cuba, os guardas cubanos encontraram os restos da embarcação a cerca de 100 metros a leste de Ponta Maisí, no extremo da província oriental de Guantánamo. A causa do acidente não foi informada.
“Forças combinadas da Cruz Vermelha cubana e as autoridades locais continuam a busca, o resgate e salvamento na área”, acrescenta a nota. Das 87 pessoas salvas, 80 são homens e sete são mulheres – quatro resgatados são menores de idade, que atualmente recebem atenção em um acampamento internacional de imigrantes em Ponta Maisí.
Precedentes – Os naufrágios de embarcações precárias usadas por emigrantes haitianos – e também cubanos – para tentar chegar aos Estados Unidos são comuns no Caribe. Em julho de 2009, 70 emigrantes haitianos desapareceram no naufrágio de sua embarcação, em frente às ilhas Turcas e Caicos. A guarda costeira conseguiu resgatar 118 pessoas com vida e 15 corpos do mar.
A cada ano, em embarcações muitas vezes precárias, milhares de haitianos tentam atravessar os 1.000 quilômetros que separam seu país, o mais pobre das Américas, dos Estados Unidos. Devido à proximidade geográfica entre Cuba e Haiti, apenas 120 quilômetros de distância, as embarcações com emigrantes haitianos são frequentes no extremo leste cubano, onde os que conseguem chegar recebem alimento e cuidados médicos, sendo depois devolvidos ao seu país.
(Com agências France-Presse e EFE)