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‘Não há um retorno ao passado com o PRI’, diz Peña Nieto

Segundo ele, partido que chega ao governo já mostrou convicção democrática

Por Da Redação
2 jul 2012, 18h31

Enrique Peña Nieto, virtual ganhador da eleição presidencial no México, descartou nesta segunda-feira um “retorno ao passado” com a volta do PRI e afirmou que vai estreitar a colaboração com os Estados Unidos no combate às drogas para priorizar a redução da violência. “Não há um retorno ao passado. Este PRI que chega ao governo já mostrou sua convicção democrática”, afirmou em uma conversa com as agências de notícias internacionais em um de seus escritórios de campanha.

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Peña Nieto disse que seus rivais tentaram despertar no imaginário coletivo um sentimento de “anti-priismo”, com desqualificações que o ligavam a políticos corruptos e velhos caudilhos do PRI, partido que governou o México entre 1929 e 2000. “O PRI demonstrou que acredita na democracia e que podemos ter resultados de maneira eficaz”, disse o bacharel em Direito, de 45 anos. Depois de reiterar que manterá a estratégia do atual presidente, Felipe Calderón, de usar a força militar contra o narcotráfico e dar prioridade à captura dos traficantes, considerados os responsáveis pela onda de violência que deixou mais de 50.000 mortos, destacou que dará um novo enfoque que permita reduzir assassinatos e sequestros rapidamente.

“Para mim, é muito claro que a sociedade espera resultados imediatos a curto prazo como uma queda nos índices de criminalidade e sequestros”, disse. Peña Nieto espera maior colaboração com os Estados Unidos na luta contra o narcotráfico, dede que com respeito à soberania do México, “na melhor vontade de colaboração e sobre a base de fazer um combate mais eficaz que implique menos violência”. Os resultados preliminares oficiais, com 95,73% dos votos apurados, davam a Peña Nieto a vitória com 38,04% dos votos, frente a 31,71% do candidato de esquerda Andés Manuel López Obrador, que ainda não reconhece uma derrota e disse que aguardará o resultado final oficial na quarta-feira.

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Pluralidade – Peña Nieto disse que espera de López Obrador uma “atitude de respeito, de civilidade, de maturidade política neste novo contexto democrático” e que se “reconheça quem foi eleito pela maioria dos mexicanos”. O candidato lembra que, quando o PRI foi derrotado em 2000 e 2006, soube reconhecer democraticamente suas derrotas. Como amostra do caráter do PRI que chega ao poder, ele acrescentou que está disposto a trabalhar com os partidos de esquerda e com o Partido Ação Nacional de direita, e que seu gabinete poderá incluir figuras independentes.

O candidato acrescentou que, quando os resultados forem confirmados, anunciará sua equipe de transição, que começará a trabalhar com o novo Congresso que assumirá em setembro e no qual seu partido terá maiorias relativas em ambas as câmaras. Peña Nieto espera que, antes de assumir a presidência, dia 1º de dezembro, haja avanços no Legislativo em relação às quatro reformas que prometeu durante sua campanha: trabalhista, tributária, energética e de segurança social. “Estou interessado em trabalhar com todos os partidos políticos”, afirmou.

(Com agência France-Presse)

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