Na ONU, Síria acusa ocidentais de querer desmantelar país
Europa e EUA pedem sanções. Para chanceler sírio, tentativa é de semear caos
Os países ocidentais tentam semear o “caos total” na Síria com o objetivo de “desmantelar” o país, acusou nesta segunda-feira o ministro sírio de Relações Exteriores, Walid Al Muallem. Enquanto Europa e Estados Unidos pressionam em favor de sanções da ONU contra a Síria, o chefe da diplomacia síria afirmou em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas que as manifestações tornaram-se um “pretexto para intervenções estrangeiras”.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança do ditador, que já mataram mais de 2.700 pessoas no país, de acordo com a ONU, que vai investigar denúncias de crimes contra a humanidade no país.
- • Tentando escapar dos confrontos, milhares de sírios cruzaram a fronteira e foram buscar refúgio na vizinha Turquia.
Leia mais no Tema ‘Revoltas no Mundo Islâmico’
Al Muallem completou que os governos buscavam sabotar a convivência entre os diferentes grupos religiosos na Síria. “Como poderíamos explicar de outro modo as provocações midiáticas, o financiamento e o armamento do extremismo religioso?”, disse o chanceler sírio. “Para qual outro objetivo poderia servir, além de semear o caos total que levaria ao desmantelamento da Síria?”
A União Europeia e os Estados Unidos já impuseram sanções ao regime do presidente Bashar Assad devido à sangrenta repressão das manifestações que deixaram mais de 2.700 mortos. Eles pressionam o Conselho de Segurança a adotar sanções, mas Rússia e China, dois membros permanentes, se opõem.
Al Muallem afirmou que o povo sírio estava “decidido a rejeitar qualquer forma de intervenção estrangeira”.
(Com agência France-Presse)