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Na ONU, papa pede reforma do Conselho de Segurança

Com a declaração, o pontífice se alinha aos países que defendem reformas em instituições da ONU, consideradas pouco plurais por países como Brasil, Alemanha, Índia e Japão

Por Da Redação
25 set 2015, 11h39

Em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o papa Francisco disse que a “reforma e a adaptação aos tempos são sempre necessárias, progredindo rumo ao objetivo final de dar a todos os países uma participação real nas decisões”. Com a declaração, o pontífice se junta aos países que defendem uma reforma nas instituições da ONU, principalmente em seu Conselho de Segurança – composto pelos membros permanentes Estados Unidos, Grã-Bretanha, China, França e Rússia -, considerado muito centralizador e pouco plural por países como Brasil, Alemanha, Índia e Japão. “A necessidade de uma maior equidade é especialmente verdadeira no caso de órgãos com poder executivo eficaz, como o Conselho de Segurança, as agências financeiras e os grupos ou mecanismos criados especificamente para lidar com crises econômicas”, disse o papa.

Falando para mais de 150 chefes de governo e de Estado, Francisco também fez críticas ao poder tecnológico, afirmando que, em mãos de ideologias “nacionalistas ou falsamente universalistas”, pode produzir “tremendas atrocidades”. Sobre o combate às mudanças climáticas, pauta cara ao papa Francisco, ele disse estar confiante de que a conferência do clima que será realizada em Paris, em dezembro, assumirá compromissos “fundamentais e efetivos”. Francisco pediu ainda que os governos façam “todo o possível” para que as pessoas possam dispor de uma mínima base material e espiritual para garantirem a sua dignidade e formarem uma família. “Esse mínimo absoluto, em nível material, tem três nomes: casa, trabalho e terra. Em nível espiritual: liberdade de espírito”.

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Antes de seu pronunciamento na Assembleia Geral, o papa se encontrou e conversou com funcionários da entidade. Falando para cerca de 400 funcionários da ONU no lobby da sede da entidade, o papa elogiou a contribuição de todos, incluindo cozinheiros e o pessoal da manutenção. Segundo ele, todos deveriam “ser próximos um do outro, respeitar um ao outro”, pois os ideais da ONU são de uma “família unida, trabalhando pela paz e em paz”.

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A visita é a quinta de um papa à ONU. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, saudou Francisco em sua chegada, dizendo que muitos se inspiravam na humildade dele. O Vaticano hasteou a bandeira do Vaticano pela primeira vez, pouco antes da chegada do pontífice. Recentemente, a Assembleia Geral da ONU decidiu permitir que dois Estados observadores, a Santa Sé e a Palestina, hasteiem suas bandeiras ao lado dos 193 Estados-membros da entidade.

Durante a tarde, o papa visitará o memorial do 11 de setembro e uma escola do bairro do Harlem, antes de seguir em uma procissão pelo Central Park, onde será acompanhado por 80.000 pessoas que conseguiram entradas em um sorteio organizado pelas autoridades locais. Seu último ato na cidade será uma missa com 20.000 fiéis no ginásio Madison Square Garden, antes de continuar viagem no sábado rumo a Filadélfia – sua última parada antes de voltar ao Vaticano.

(Da redação)

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