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Na França, mais de 600 mil protestam contra reforma da Previdência

Sindicatos se preparam para manifestações até mesmo na semana do Natal para forçar recuo do governo de Macron

Por Da Redação
Atualizado em 17 dez 2019, 22h25 - Publicado em 17 dez 2019, 21h18

As ruas da França foram tomadas nesta terça-feira, 17, por manifestantes contrários à proposta de reforma da Previdência do governo de Emmanuel Macron, que cria um sistema de pontuação com base nos anos trabalhados. Mais de 600.000 pessoas se mobilizaram pelo país. Segundo os organizadores, as manifestações devem prosseguir até mesmo no Natal.

Os protestos desta terça-feira envolveram pelo menos 615.000 pessoas, dentre eles 76.000 na capital Paris, afirmou o Ministério do Interior. Mais de 800.000 haviam se mobilizado no dia 5 de dezembro, durante o início da atual onda de protestos, segundo o governo.

A Confederação Geral do Trabalho, uma das organizadoras dos protestos, contabiliza cerca de 1,8 milhão de pessoas em 70 mobilizações espalhadas pela França nesta terça. Os sindicatos planejam mais atos para esta quinta-feira, 19, “e até o fim de dezembro”, independentemente do feriado de Natal, reporta o jornal francês Le Figaro.

O primeiro-ministro e chefe de governo, Édouard Philippe, convidou os manifestantes para conversar na quarta-feira, 18, e na quinta-feira, 19. O premiê, de quem o presidente precisa para poder nomear ministros e assinar decretos, foi indicado ao cargo por Macron em maio de 2017.

Em meio à mobilização nas ruas, o alto comissário de aposentadorias do governo Macron, Jean-Paul Delevoye pediu demissão na segunda-feira 16. Delevoye estava numa posição complicada por suspeita de conflitos de interesse com o setor da previdência privada, após omissões em sua declaração de renda.

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O projeto de reforma previdenciária visa mesclar os 42 regimes de aposentadoria em vigor atualmente na França em um mesmo sistema de pontos. O governo pretende manter a idade mínima de aposentadoria em 62 anos, mas “incentivará as pessoas a trabalhar por mais tempo”, afirmou Philippe no início de dezembro.

“Acima da idade mínima, nós aplicaremos uma ‘idade de equilíbrio’, com um sistema de recompensas e punições”, explicou o premiê. O objetivo do governo é que, até 2025, os trabalhadores se aposentem, em média, aos 64 anos de idade.

(Com AFP)

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