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Na França, 5 das 12 refinarias reabrem após as greves

Manifestantes negociam com governo, mas garantem que protestos continuam

Por Da Redação
26 out 2010, 11h55

“Acho que o ânimo das mobilizações está mudando. Cumprimento tanto a retomada da razão como do diálogo”, disse a ministra das Finanças, Christine Lagarde

As refinarias francesas voltam a operar aos poucos após um período de protestos e greves que provocaram bloqueios e a falta de combustível no país. “Nós temos, agora, cinco refinarias que decidiram retomar o trabalho”, informou o ministro do Interior, Brice Hortefeux, nesta terça-feira. “Isso significa que o retorno ao normal é gradual, mas constante”, acrescentou. Doze estabelecimentos seguem fechados.

A França tem sofrido com a falta de combustível desde o início dos protestos nacionais dos trabalhadores. Até 25% dos postos ficaram sem gasolina neste mês. A intenção dos manifestantes é barrar a polêmica reforma previdenciária, aprovada pelo Senado na semana passada, que eleva a idade mínima para aposentadoria no país de 60 para 62 anos. O texto ainda precisa passar por uma comissão parlamentar mista antes de o conselho constitucional – a maior autoridade constitucional da França – dar a aprovação final.

Os trabalhadores da refinaria começaram a encerrar a paralisação na última segunda-feira, mas ainda deve demorar alguns dias para que as operações voltem à normalidade. “O feriado de 1º de novembro é uma preocupação, mas medidas foram tomadas para superar isso”, disse Hortefeux. No auge das paralisações, na última semana, o governo ordenou que a polícia rompesse as barreiras dos manifestantes em depósitos de combustível, além de buscar decisões legais para forçar parte do pessoal em greve a voltar ao trabalho. “Se nós tivermos que realizar novas requisições judiciais, não iremos hesitar nisso”, garantiu o ministro do Interior.

Outras mudanças – No complexo portuário de Fos-Lavera, a greve dos trabalhadores chegou ao seu 30º dia. Nesse caso, os trabalhadores também são contra a reforma previdenciária, mas pedem ainda mudanças no gerenciamento da área. Há muitos navios-tanque que transportam petróleo e passam por esse complexo em Marselha, no sul do país.

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A ministra das Finanças, Christine Lagarde, elogiou a disposição de um dos grandes sindicatos de iniciar a discussão de outras questões. “Acho que o ânimo das mobilizações está mudando. Cumprimento tanto a retomada da razão como do diálogo”, destacou Lagarde em entrevista à emissora Radio Classique.

A ministra se referiu à iniciativa da Confederação Francesa de Trabalhadores (CFDT) de abrir negociações sobre o emprego dos jovens e dos trabalhadores de idade avançada. “É realmente um passo positivo. Acredito que seja algo muito bom”. Em um programa de televisão, o líder da Confederação Geral do Trabalho (CGT), Bernard Thibault, garantiu que os protestos “continuarão, mas de “outras formas.”

(Com Agência Estado)

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