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Na Costa do Marfim, tropas do presidente eleito cercam palácio presidencial, mas Gbagbo ainda se recusa a partir

Forças leais ao eleito Ouattara prometeram aumentar a pressão nesta sexta

Por Da Redação
1 abr 2011, 10h53

A sexta-feira promete ser explosiva na Costa do Marfim. Na noite de quinta, as Forças Republicanas da Costa do Marfim (FRCI, leais a Alassane Ouattara, reconhecido pela comunidade internacional como vencedor do pleito presidencial de novembro) atacaram o Palácio Presidencial de Abidjan, residência do presidente em fim de mandato Laurent Gbagbo, que se recusa a deixar o poder. Gbagbo provavelmente está dentro do prédio, segundo afirmou o embaixador da França na Costa do Marfim, Jean Marc Simon. Os partidários de Ouattara prometem novos protestos nesta sexta.

“Na quinta, vimos um barco com muitas pessoas sair do cais da residência presidencial, que fica perto de uma lagoa, mas não conseguimos saber se ele estava a bordo”, disse o embaixador Simon. “Temos razões para acreditar que o presidente Gbagbo está no palácio presidencial”, acrescentou o diplomata francês. O porta-voz das FRCI, Sidiki Konate, confirmou o cerco – sem dizer se o presidente em fim de mandato estava no local – e assegurou que foram registrados combates durante toda a noite nos bairros de Le Plateau e Cocody, onde se encontra o Palácio.

O avanço das FRCI se acelerou nos últimos dias, quando as tropas de Ouattara tomaram a capital marfinense, Yamoussoukro, e o segundo maior porto do país, San Pedro. Apesar do cerco, Gbagbo não tem intenção de abdicar e diz que há um golpe de estado contra ele, afirmou seu representante na Europa, Toussaint Alain. “O presidente Laurent Gbagbo não tem a intenção de render-se a algum rebelde. Enfrenta um golpe de estado pós-eleitoral de Alassane Ouattara, que é apoiado por uma coalizão internacional”, afirmou Allain. O representante disse que Gbagbo continua no país.

Sob pressão – Na quinta, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, exigiu que Gbagbo cedesse “imediatamente” o poder a Ouattara e pediu às partes que evitem “vinganças”. A União Africana (UA) se uniu ao pedido da ONU. O presidente da UA, Jean Ping, “insiste com o senhor Gbagbo para que entregue imediatamente o poder ao presidente Ouattara, com o objetivo de abreviar o sofrimento do povo marfinense”, afirma o comunicado. O texto assinala ainda que a UA trabalha “para promover a reconciliação, o apego à democracia e a consolidação da paz”.

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A crise política começou após o segundo turno das eleições presidenciais marfinenses, em 28 de novembro. A ONU reconheceu Ouattara como presidente eleito, depois de a Comissão Eleitoral Independente (CEI) ter-lhe outorgado a vitória. Gbagbo, no poder desde 2000, se negou a reconhecer a derrota e o Conselho Constitucional, formado por seus seguidores, anulou os resultados em oito distritos favoráveis a Ouattara, o que lhe deu a vitória. Os dois se consideram presidentes e a Costa do Marfim está à beira da retomada da guerra civil da qual o país saiu há dois anos.

(Com agências EFE e France-Presse)

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