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Na COP-25, Greta critica comportamento de políticos e empresários

Ativista ambiental de 16 anos acusou líderes de darem mais importância à imagem do que a mudanças reais em prol do fim do aquecimento global

Por Da Redação
Atualizado em 11 dez 2019, 09h54 - Publicado em 11 dez 2019, 09h32

A jovem ativista Greta Thunberg acusou nesta quarta-feira, 11, líderes políticos e empresariais de preferirem cuidar de suas próprias imagens a tomar medidas agressivas na luta contra a mudança climática.

“Parece que isso se tornou algum tipo de oportunidade para os países negociarem brechas e evitarem ampliar sua ambição”, disse a sueca de 16 anos na Conferência Internacional sobre Mudança Climática das Nações Unidas (COP-25) em Madri, sob aplausos.

“Eu ainda acredito que o maior perigo não é a inatividade, o real perigo é quando políticos e CEOs estão fazendo parecer que uma movimentação real está ocorrendo quando, na verdade, quase nada é feito além de contabilidade inteligente e relações públicas criativas”, acrescentou.

Em Madri, líderes políticos estão lidando com pendências na implementação do Acordo de Paris de 2015, que visa a evitar o aquecimento global catastrófico, incluindo a árdua questão da contabilização das emissões de carbono. Muitas nações e empresas confiam na ideia dos mercados de carbono para cumprir as metas de redução da emissão de gases de efeito estufa e ajudar a limitar o aumento da temperatura entre 1,5ºC e 2ºC acima dos níveis pré-industriais.

Defensores dos mercados de carbono afirmam que podem servir para reduzir o custo de redução de emissões e permitir que os países se comprometam com metas mais ambiciosas. Outros os veem como uma maneira de impedir ações mais agressivas para reduzir as emissões.

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Thunberg disse que muitas promessas para equilibrar as emissões desse modo excluem o impacto do transporte marítimo, da aviação e do comércio internacional, e pediu uma ação mais rápida. “Zero em 2050 significa nada se a alta emissão continuar mesmo por poucos anos”, afirmou

“Para ficar abaixo de 1,5ºC, precisamos manter o carbono no piso”, afirmou Thunberg, que se tornou um símbolo da indignação da juventude com as gerações mais velhas e as classes políticas por prolongarem a crise ambiental.

Nesta terça-feira 10, o presidente Jair Bolsonaro criticou o espaço dado pela imprensa à ativista ambiental sueca e a chamou de “pirralha”. Thunberg havia criticado o assassinato de dois índios guajajaras no Maranhão no sábado 7.

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“A Greta já falou que os índios morreram porque estavam defendendo a Amazônia. É impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha”, afirmou Bolsonaro a jornalistas.

Logo após a declaração, Greta alterou sua conta no Twitter em uma possível provocação ao presidente e passou a usar “pirralha” na descrição de seu perfil.

(Com Reuters)

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