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Na China, Mourão prepara visita de Bolsonaro à Ásia no segundo semestre

Vice desembarcou neste domingo; agenda inclui encontro com Xi Jinping e aproximação com megaprojeto da 'nova rota da seda'

Por Da Redação Atualizado em 20 Maio 2019, 07h03 - Publicado em 20 Maio 2019, 06h46

O vice-presidente Hamilton Mourão desembarcou na China neste domingo 19, país onde presidirá a quinta edição da reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), no dia 23 de maio, em Pequim. Ele também será recebido pelo presidente chinês Xi Jinping e ainda terá compromissos em Xangai, um dos maiores centros econômicos do país asiático. O retorno está previsto para sexta-feira.

Instituída em 2004, a Cosban é o principal mecanismo de coordenação da relação bilateral entre o Brasil e a China e é comandada pelos vice-presidentes dos dois países. A comissão, no entanto, não se reúne desde de 2015. Em recente entrevista, Mourão disse que ideia é resgatar e reorganizar a Cosban para fortalecer a cooperação econômica. O vice-presidente informou que a reunião também vai servir como preparativo para a viagem do presidente Jair Bolsonaro à China no segundo semestre, provavelmente em outubro.

“Vamos procurar dar uma mensagem política ao governo chinês e, ao mesmo tempo, nosso posicionamento em relação à iniciativa Belt and Road (Cinturão e Rota), uma nova plataforma que o governo chinês, ao longo dos últimos cinco anos, vem buscando colocar no comércio mundial”, afirmou.

A iniciativa “Um Cinturão, uma Rota” (One Belt, One Road), também chamada de “A Nova Rota da Seda”, foi lançada em 2013 pelo presidente chinês Xi Jinping e visa promover acordos de cooperação para desenvolver projetos de infraestrutura, comércio e cooperação econômica na comunidade internacional.

Principal parceiro

A China é, desde 2009, o principal parceiro comercial do Brasil. A corrente de comércio bilateral alcançou, em 2018, 98,9 bilhões de dólares (exportações de 64,2 bilhões de dólares e importações de 34,7 bilhões de dólares).

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O comércio bilateral caracteriza-se por expressivo superávit brasileiro, mantido há nove anos, e que, em 2018, atingiu o recorde histórico de 29,5 bilhões de dólares. No ano passado, os principais produtos exportados pelo Brasil foram soja, combustíveis e minérios de ferro e seus concentrados. Já os principais produtos chineses importados pelo Brasil foram plataformas de perfuração ou de exploração, dragas, produtos manufaturados em geral, circuitos impressos e outras partes para aparelhos de telefonia.

Segundo dados do Ministério da Economia, até 2018 a China acumulava estoque de 69 bilhões de dólares investimentos no Brasil, em 155 projetos, especialmente nos setores de energia (geração e transmissão, além de óleo e gás), infraestrutura (portuária e ferroviária), financeiro, de serviços e de inovação.

Além da visita do presidente Jair Bolsonaro à China, no segundo semestre, o presidente chinês Xi Jinping virá ao Brasil para participar da 11ª Cúpula do Brics, grupo de países que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que ocorrerá nos dias 13 e 14 de novembro.

Altos e baixos

As relações entre China e Brasil vêm passando por altos e baixos desde que Jair Bolsonaro chegou ao poder, em janeiro. Durante sua campanha eleitoral, o então candidato do PSL comparou o gigante asiático a “um predador que quer dominar setores estratégicos da economia brasileira”.

Desde então, Mourão se estabeleceu como uma figura conciliadora entre os dois lados, afirmando em diversas ocasiões que o Brasil pretende manter os laços com seu principal parceiro comercial, independentemente das diferenças ideológicas.

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Pouco depois de vencer a eleição, Bolsonaro também voltou atrás em suas declarações e, em março, anunciou que pretende visitar o país asiático ainda no segundo semestre deste ano.

Em entrevista à TV Brasil, o vice-presidente lembrou que Pequim passa por dificuldades no âmbito da segurança alimentar por causa da peste suína africana, vírus que tem dizimado o rebanho de porcos no território chinês. Como consequência, destacou o vice-presidente, o gigante asiático precisa importar proteína animal para alimentar uma população de 1,4 bilhão de habitantes.

“O Brasil tem capacidade extraordinária de produção de alimentos. Então essa estratégia é que nós temos que traçar em ter essa aproximação com o mercado chinês”, disse.

(Com Agência Brasil e EFE)

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