Mulheres são atacadas em passeata na Praça Tahrir
Grupo protestava justamente contra casos de agressões sexuais no Egito
Um grupo de homens se infiltrou em uma passeata feminina contra o assédio sexual, na Praça Tahrir do Cairo, e atacou sexualmente várias manifestantes, denunciaram testemunhas.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, egípcios iniciaram, em janeiro, sua série de protestos exigindo a saída do então presidente Hosni Mubarak.
- • Durante as manifestações, mais de 800 rebeldes morreram em choques com as forças de segurança de Mubarak que foi condenado por premeditar essas mortes.
- • Após 18 dias de levante popular, em 11 de fevereiro, o ditador cedeu à pressão e renunciou ao cargo, deixando o Cairo; em seu lugar assumiu a Junta Militar, que segue no poder até o fim das eleições.
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A passeata, que contou com a participação de dezenas de mulheres e homens, havia sido organizada para denunciar casos anteriores.
O protesto aconteceu ao mesmo tempo em que uma manifestação maior, contra o premier do ex-ditador Hosni Mubarak, Ahmed Shafiq, candidato à Presidência.
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Epicentro – As manifestações na Praça Tahrir, epicentro da revolta que tirou Mubarak do poder, têm sido marcadas por registros de agressões sexuais contra mulheres.
Os abusos ganharam notoriedade depois que a jornalista americana Lara Logan foi violentada na praça em 11 de fevereiro de 2011, dia da renúncia de Mubarak.
(Com agência AFP)