Mulher que pediu refúgio na Holanda é deportada sem os filhos
Família morava no país há nove anos enquanto aguardava visto de residência permanente
As autoridades holandesas deportaram nesta segunda-feira (14) uma mulher de origem armênia que havia solicitado permanência no país. O caso provocou polêmica porque Armina Hambartsjumian foi obrigada a deixar os dois filhos (de 11 e 12 anos) na Holanda, considerados desaparecidos desde a semana passada depois de fugirem de um centro de refugiados na cidade de Utrecht. “Nunca antes, vimos o caso de uma mãe ser deportada enquanto as crianças permanecem aqui”, disse o ativista Martin Vegter, da organização Defence for Children.
Em comunicado, a organização holandesa denunciou que a mãe, Armina Hambartsjumian, já foi enviada de avião a Paris, de onde partirá para Ierevan, a capital da Armênia.
Lily e Howick moravam com a mãe na Holanda há nove anos e aguardavam a liberação de residência permanente. Os três foram detidos na terça-feira passada e levados a um centro de refugiados à espera da deportação. As crianças fugiram do abrigo para evitar a expulsão e a mãe se negou a cooperar com informações sobre o paradeiro dos filhos, segundo a organização internacional.
Na última sexta-feira, a Justiça holandesa afirmou que a família podia ser deportada porque os filhos não cumprem com os requisitos da última lei da “anistia do menor”, como ter raízes no país ou ter histórico de cooperação com as tentativas de deportação. A Holanda está negociando uma coalizão de governo desde março e um dos pontos mais polêmicos é a eventual modificação nas regras de anistia para menores de idade que vivem no país e que enfrentam deportações.
Atualmente, só 4% das solicitações de residência em virtude das normas de anistia para os menores conseguem respostas positivas.
(Com EFE)