Mulher que invadiu Congresso esperava vender laptop de Pelosi para Rússia
Riley Williams, de 22 anos e que esteve presente na invasão do Capitólio, foi presa pelo FBI após ter sido denunciada por um ex-parceiro
A americana Riley Williams, de 22 anos, foi presa pelo FBI nesta terça-feira, 19, acusada de supostamente tentar vender um computador roubado do gabinete da presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, durante a invasão ao Capitólio há duas semanas. Segundo os investigadores, ela tinha objetivo de vender as informações contidas no dispositivo para a Rússia.
De acordo com a denúncia do FBI, Williams foi vista em fotos e vídeos em frente ao gabinete de Pelosi. O departamento americano, no entanto, afirmou que não ficou claro se o computador pertencia a presidente da Câmara ou a um dos membros do gabinete.
O FBI chegou a Williams, que mora na Pensilvânia, através de uma denúncia de um “ex-parceiro amoroso” dela. Essa testemunha, identificada apenas como “W1” na denúncia, disse que o objetivo da invasora era enviar o computador a um amigo na Rússia para vendê-lo à agência de Inteligência daquele país.
Essa venda “fracassou por razões desconhecidas e Williams ainda está com o aparelho ou o destruiu”, afirmou a testemunha em declaração sob juramento.
No dia 6 de janeiro, enquanto deputados e senadores certificavam os resultados das eleições durante uma sessão presidida pelo vice-presidente, Mike Pence, apoiadores do presidente Donald Trump invadiram o Congresso por considerarem fraudulento o resultado do pleito, vencido pelo democrata Joe Biden. Ao todo, cinco pessoas morreram, incluindo um policial.
Trump, por sua vez, teve o segundo impeachment aprovado pela Câmara, o primeiro presidente da história do país a ter sido condenado duas vezes no mesmo mandato pelos parlamentares. Ele é acusado de ter incitado violência em um discurso antes da invasão.