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Mujica afirma que apoia entrada da Venezuela no Mercosul

Presidente uruguaio admite que, em Mendoza, cunho político se sobrepôs a jurídico

Por Da Redação
4 jul 2012, 16h45

O presidente do Uruguai, José Mujica, defendeu nesta quarta-feira a entrada da Venezuela no Mercosul. Ele também admitiu que, durante a reunião de cúpula realizada na semana passada em Mendoza, na Argentina, a opinião política dos governos se sobrepôs amplamente ao aspecto jurídico. A declaração foi feita em meio à controvérsia provocada pela decisão tomada pelo Brasil, pela Argentina e pelo Uruguai de dar carta branca à entrada da Venezuela, apesar da falta de ratificação do protocolo de adesão por parte do Legislativo do Paraguai, o quarto membro do bloco.

No Uruguai, essa postura provocou críticas da oposição e também do vice-presidente do país, Danilo Astori. Mujica foi firme ao defender a decisão – precedida da suspensão temporária do Paraguai como membro do bloco -, com o argumento de que a destituição de Fernando Lugo não está de acordo com a cláusula democrática do Mercosul, e assumiu toda a responsabilidade. A “reunião reservada” na qual se definiu em Mendoza a forma de entrada da Venezuela no bloco regional foi solicitada pela presidente Dilma Rousseff, “mas os três países concordaram”, explicou Mujica.

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Somente Dilma, Mujica e Cristina Kirchner, presidente da Argentina, participaram da cúpula em Mendoza, já que o novo governo paraguaio não foi convidado. Lá, estabeleceu-se que a entrada da Venezuela irá se concretizar em uma reunião no Rio de Janeiro em 31 de julho. “Sou o responsável, e não o chanceler (uruguaio)”, acrescentou Mujica, após os pedidos da oposição de que o ministro Luis Almagro fosse ao Parlamento explicar o que aconteceu em Mendoza e qual foi a postura uruguaia diante da entrada da Venezuela.

Oposição – As queixas dos opositores se referem às declarações de Almagro na segunda-feira, quando o ministro expressou suas dúvidas sobre os aspectos jurídicos da decisão tomada para a entrada venezuelana no Mercosul e ressaltou que ainda não havia sido dita “a última palavra” sobre o assunto. “Se todos tivessem certeza, a Venezuela teria entrado na sexta-feira passada em Mendoza. Houve um motivo para os países estabeleceram o prazo até 31 de julho”, opinou. Segundo ele, durante a reunião de chanceleres realizada na quinta-feira em Mendoza, os uruguaios foram especialmente contra a entrada da Venezuela “nessas circunstâncias”.

A controvérsia ganhou mais força na terça-feira, quando o vice-presidente Danilo Astori qualificou a entrada da Venezuela como um “ferimento grave” no Mercosul, pois, como lembrou, o Tratado de fundação de Assunção estabelece que a entrada de um membro pleno deve ser aprovada por todos os membros plenos já existentes – neste caso, incluindo o Paraguai, apesar de estar suspenso. Mujica ainda propôs “modificar” o Mercosul, já que o bloco nasceu na década de 1990, em um cenário “predominantemente neoliberal”.

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(Com agência EFE)

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