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Moscou desbloqueará portos ucranianos se Ocidente flexibilizar sanções

Mais de 20 milhões de toneladas de grãos presos em silos na Ucrânia e o bloqueio de seus portos está contribuindo para uma crescente crise alimentar global

Por Da Redação
25 Maio 2022, 10h15

O vice-chanceler russo, Andrei Rudenko, disse nesta quarta-feira, 25, que Moscou permitirá que navios que transportam alimentos saiam dos portos ucranianos do Mar Negro em troca da suspensão de algumas sanções impostas à Rússia por sua invasão da Ucrânia.

Os portos ucranianos estão bloqueados desde que a Rússia invadiu o país em 24 de fevereiro, deixando mais de 20 milhões de toneladas de grãos presos em silos.

A Rússia e a Ucrânia respondem por quase um terço da oferta global de trigo. A Ucrânia também é um grande exportador de milho e óleo de girassol, e o bloqueio de seus portos está contribuindo para uma crescente crise alimentar global.

“Uma solução para o problema alimentar requer uma abordagem abrangente, incluindo a retirada das sanções que foram impostas às exportações e transações financeiras russas”, disse Andrei Rudenko, segundo a Interfax.

“Também exigimos a desminagem pelo lado ucraniano de todos os portos onde os navios estão ancorados. A Rússia está pronta para fornecer a passagem humanitária necessária, o que faz todos os dias”, alegou.

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Na terça-feira 24, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acusou Moscou de estar usando o impedimento às exportações de trigo como “arma de guerra” para pressionar a comunidade internacional.

Em seu discurso no Fórum Econômico Mundial nesta terça, von der Leyen convocou a comunidade internacional a se unir para combater o que chamou de “chantagem” de Moscou. Segundo a política alemã, o exército russo está confiscando grãos e máquinas em áreas da Ucrânia e bloqueando as exportações dos portos do Mar Negro, com objetivo de provocar repercussões globais.

Empregando uma tática semelhante ao corte do fornecimento de gás e petróleo aos países europeus, a Rússia estaria agora ameaçando o mundo com o fornecimento de alimentos, disse a presidente da organização europeia.

A Rússia está em contato com as Nações Unidas sobre o assunto, disse Rudenko, segundo outra agência de notícias russa, a RIA.

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No entanto, o vice-chanceler também alertou contra qualquer possível escolta por navios ocidentais de embarcações ucranianas que transportam grãos, dizendo que isso “exacerbaria seriamente a situação no Mar Negro”.

Além disso, Rudenko negou que as forças russas estão roubando grãos dos portos ucranianos, acusação feita por uma série de veículos internacionais.

“Rejeitamos isso completamente. Não roubamos nada de ninguém”, disse.

A emissora americana CNN publicou fotos de satélite que supostamente confirmam que a Rússia está exportando grãos da Ucrânia através da Crimeia, a península ucraniana que Moscou anexou ilegalmente em 2014.

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