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Mortos, detidos ou refugiados: o sombrio destino dos filhos de Kadhafi

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19 nov 2011, 15h25

A detenção de Saif al-Islam confirma o sombrio destino dos filhos do ex-ditador líbio Muamar Kadhafi: alguns foram mortos e outros, como sua esposa Safiya, se viram obrigados a buscar refúgio em países vizinhos.

– SAIF AL-ISLAM, o ex-reformista

Geralmente apresentado como o futuro sucessor do pai, Saif al-Islam (“Espada do Islã” em árabe) é o primeiro filho de Muamar Kadhafi com a segunda esposa, Safiya Farkash.

Nascido em 25 de junho de 1972, doutor em Filosofia pela London School of Economics e considerado durante muito tempo um “reformista”, Saif al-Islam ficou conhecido pelo papel de mediador no caso das enfermeiras búlgaras libertadas em 2007 após oito anos de detenção. Também negociou os acordos de indenização às família das vítimas do atentado de Lockerbie.

No entanto, ele prometeu “banhos de sangue” no início da rebelião e era procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade.

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– MOHAMED, o primogênito influente e discreto

Mohamed Kadhafi, nascido em 1970, é o primogênito e único filho de Kadhafi com sua primeira esposa, Fatiha al-Nuri, da qual se divorciou em 1970. Mohamed é um homem de contatos, influente e discreto. Ele presidia a agência das telecomunicações e o Comitê Olímpico Nacional. Está refugiado na Argélia desde 29 de agosto.

– SAADI KADHAFI, o jogador de futebol

Nascido em 25 de maio de 1973, Saadi era o atleta. Capitão da seleção nacional de futebol, foi contratado em 2003 pelo Peruggia (primeira divisão italiana), mas mal teve a chance de pisar no gramado. Foi suspenso por três meses por um exame antidoping positivo para nandrolona.

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Presidente do conselho de administração da Libyan Arab Foreign Investment Company, dona de 7,5% das ações da Juventus de Turim, renunciou ao futebol para comandar uma unidade militar de elite.

Se refugiou em Níger em 11 de setembro.

– HANNIBAL, o habitué das delegacias

Nascido em 1978, o militar de formação foi a origem das tensões diplomáticas com a Suíça. Foi detido ao lado da esposa Alina em 2008 em Genebra, acusados de violência contra empregadas domésticas, e posteriormente libertado sob fiança. Além do fim do processo judicial, Trípoli exigiu um pedido de desculpas do governo suíço. O caso foi arquivado.

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Em 2005, a justiça francesa o condenou a quatro meses de prisão preventiva por maus-tratos à companheira grávida.

Está refugiado na Argélia.

– AISHA GADAFI, a advogada

Nascida em 1977, esta elegante mulher de longo cabelo louro é advogada. Presidiu a fundação de caridade Waatassimu. Em 2001 foi advogada do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein. Em missão nas Filipinas, negociava com os radicais islâmicos do Abu Sayyaf a libertação de reféns ocidentais.

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Se refugiou em 29 de agosto na Argélia, onde deu à luz uma menina.

– MUATASIM, o militar

Nascido em 1975, médico e militar de carreira, comandou o Conselho de Segurança Nacional e era o principal rival de Saif al-Islam. Suspeito de tentativa de golpe de Estado, voltou a receber o apoio do pai após um exílio no Egito.

Morreu ao lado do pai em Sirte.

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– SAIF AL-ARAB, oficial

Nascido em 1980, Saif Al-Arab era o mais discreto dos filhos de Kadhafi. Simples oficial formado na Alemanha, era muito ligado ao pai.

Segundo várias fontes, morrem em 30 de abril em um bombardeio da Otan.

– KHAMIS, braço armado do regime

Nascido em 27 de maio de 1983, Khamis era o filho mais novo de Kadhafi. Formado na Rússia, recebeu o comando da unidade de elite das forças especiais. Teve um papel importante na repressão da revolta em Benghazi. A base militar que comandava em Trípoli foi a última a ser bombardeada pela Otan na capital, em 27 de agosto.

As novas autoridades anunciaram sua morte em 28 de agosto. Uma emissora de televisão pró-Kadhafi confirmou a notícia em 17 de outubro.

Muamar Kadhafi também tinha dois filhos adotivos. Um homem, Milad, muito discreto, e uma filha, Hannah, que teria falecido em 1986, quando tinha 15 meses, em um bombardeio americano sobre Trípoli, mas segundo informações da imprensa ela teria sobrevivido ao ataque.

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