Morre soldado desertor dos EUA que jurou fidelidade à família Kim
James Dresnok foi um dos poucos soldados americanos que desertaram na Coreia do Norte após a guerra da Coreia entre 1950 e 1953
O último soldado americano que morava na Coreia do Norte, após desertar há mais de 50 anos, morreu em Pyongyang no ano passado. De acordo com o anúncio feito pelos filhos, no leito de morte, o pai jurou fidelidade a Kim Jong-un, o ditador do país.
James Joseph Dresnok foi um dos poucos soldados americanos que desertaram para o Norte após a guerra da Coreia (1950 e 1953). Dresnok apareceu em filmes de propaganda do regime norte-coreano e era o último caso conhecido de um soldado desertor dos Estados Unidos na Coreia do Norte. Os outros já faleceram ou foram autorizados a deixar o país.
Em uma entrevista em vídeo publicada na sexta-feira pelo site norte-coreano Uriminzokkiri, Ted e James Dresnok confirmaram que o pai morreu em novembro de 2016, após sofrer um derrame cerebral.
“Nosso pai estava nos braços da República e recebeu amor e cuidados do partido até sua morte, aos 74 anos”, disse Ted Dreskok, o filho mais velho.
Como seu irmão, ele usava o uniforme do Exército do Povo Coreano, com uma insígnia do fundador da Coreia do Norte, Kim Il-Sung, e de seu filho e sucessor, Kim Jong-Il. Os dois falam coreano de maneira perfeita, com um forte sotaque do Norte.
“Nosso pai nos pediu para servir nosso grande líder Kim Jong-un com devoção”, completa Ted Dresnok, também chamado pelo nome coreano de Hong Soon-Chol.
Em 2006, James Dresnok sr., chamado de Joe, protagonizou o documentário britânico “Cruzar a fronteira”, no qual afirmava estar satisfeito com sua vida em Pyongyang, onde as pessoas tinham, segundo ele, em geral um nível de vida melhor do que fora da Coreia do Norte.
(Com AFP)