Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Morre Rauf Denktash, fundador da República Turca do Chipre

Por Da Redação
13 jan 2012, 19h22

Nicósia, 13 jan (EFE).- O fundador da República Turca do Chipre, Rauf Denktash, morreu nesta sexta-feira aos 88 anos em um hospital de Nicósia, capital e maior cidade da ilha cipriota, informaram fontes médicas.

Denktash, que foi durante anos presidente do país reconhecido apenas pela Turquia, morreu às 22h locais (18h de Brasília) por falência múltipla dos órgãos.

O antigo líder turco-cipriota foi hospitalizado nesta semana por problemas de desidratação e, em maio passado, já tinha sido internado em estado crítico, após sofrer um derrame cerebral.

Advogado de profissão formado em Londres, Denktash começou a representar a comunidade turca no Chipre em 1948, durante o Governo colonial britânico, quando foi eleito para dirigir o Comitê Consultivo destinado a conseguir a independência da ilha.

Participou durante 50 anos da política desta ilha mediterrânea e foi um dos principais protagonistas no conflito do Chipre, dividido desde julho de 1974, após o Exército turco invadir sua parte setentrional.

Continua após a publicidade

Em 1983 foi nomeado o primeiro presidente da autoproclamada república, cargo que manteve até 2005. Era considerado um herói pelos habitantes da parte turca ocupada, enquanto os greco-cipriotas o viam como um obstáculo para a reunificação.

Nasceu na cidade de Paphos e após trabalhar como tradutor em Famagusta, mudou-se para Londres, onde foi professor e estudou Direito. Formou-se como advogado em 1947 e retornou ao Chipre.

No final dos anos 1950 ajudou a formar a resistência turca com o grupo paramilitar TMT que fundou para combater a organização terrorista greco-cipriota EOKA e evitar a anexação da ilha à Grécia.

Em 1973 se perfilou como dirigente dos turco-cipriotas no território nortista do Chipre, um ano antes de o Exército turco invadir a ilha para mantê-la ocupada até o momento.

Continua após a publicidade

Nas eleições parlamentares do final de 2003 sofreu um duro golpe ao comprovar que metade dos eleitores aprovava um plano da ONU que favorecia um ingresso do norte à União Europeia, uma ideia que ele rejeitou, contra a vontade da população de sua própria região.

No ano seguinte, anunciou que não se apresentaria à nova eleição como presidente do Estado só reconhecido por Ancara, após ter sofrido fortes perdas no pleito legislativo de dezembro de 2003.

O dirigente renunciou a um quinto mandato presidencial e abriu passagem em abril de 2005 a seu sucessor, Mehmet Ali Talat. EFE

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.