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Morre presidente da Tunísia, líder na transição democrática do país

Béji Caïd Essebsi tinha 92 anos e havia sido internado em junho por ‘crise de saúde’; vácuo de poder no país preocupa

Por Da Redação
25 jul 2019, 09h41

O presidente da Tunísia, Béji Caïd Essebsi, importante nome na transição democrática do país, morreu nesta quinta-feira, 25, aos 92 anos, informou a Presidência. O falecimento de Essebsi revive temores de um vácuo de poder no país de democracia instável.

Figura de liderança desde 2011, Essesbi fora hospitalizado no fim de junho e passou uma semana internado após sofrer o que autoridades descreveram como uma severa crise de saúde.

“Na manhã desta quinta-feira, o presidente da República morreu em um hospital militar em Túnis… O velório será anunciado mais tarde”, informou a Presidência em comunicado. Não foram divulgados mais detalhes sobre a causa da morte.

De acordo com a Constituição, o presidente do Parlamento assumirá temporariamente o governo do país até a realização de novas eleições, em novembro. A mudança preocupa a comunidade internacional, que teme um vácuo de poder no país que ainda não possui uma democracia estável.

Eleições parlamentares devem ocorrer em 6 de outubro, seguidas por uma votação presidencial em 17 de novembro. Essa será a terceira vez que a população do país poderá votar livremente desde a revolução de 2011.

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Essebsi foi um político proeminente na Tunísia desde a deposição do autocrata veterano Zine El-Abidine Ben Ali em 2011, que desencadeou levantes contra líderes autoritários no Oriente Médio, incluindo a Líbia e o Egito.

Essebsi tinha poderes limitados em comparação a Ben Ali, sendo responsável principalmente pelas políticas de relações exteriores e defesa.

A Tunísia tem se destacado por ser a única democracia de sucesso relacionada à Primavera Árabe, estabelecendo nova Constituição e eleições livres em 2011 e 2014.

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No entanto, o avanço político não coincidiu com o progresso econômico. O desemprego está em torno de 15%, um aumento em relação aos 12% de 2010, devido a um baixo crescimento e poucos investimentos.

Após a derrubada de Ben Ali, Essesbi liderou a transição imediata como primeiro-ministro em 2011. Ele foi eleito presidente três anos depois.

Antes de 2011, Essesbi também teve experiência como ministro das Relações Exteriores no mandato de Habib Bourguiba e orador parlamentar durante o regime de Ben Ali.

(Com Reuters)

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