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Morre Dick Cheney, o mais poderoso vice-presidente dos EUA, aos 84 anos

O político redefiniu a função de vice no governo George W. Bush e ficou conhecido como arquiteto da 'guerra ao terror', resposta aos atentados de 11 de setembro

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 nov 2025, 09h40 - Publicado em 4 nov 2025, 09h27

Dick Cheney, ex-vice-presidente dos Estados Unidos, faleceu na noite de segunda-feira 3 aos 84 anos, informou sua família por meio de comunicado citado pela emissora americana CNN. O político que serviu como secretário de Estado durante o governo de George H. W. Bush foi alçado a vice na gestão de George Bush filho, onde redefiniu a função e ficou conhecido como principal arquiteto da “guerra ao terror”, a resposta americana aos atentados do 11 de setembro.

“O antigo vice-presidente morreu devido a complicações de uma pneumonia e de doença cardiovascular”, detalhou sua família no comunicado. Eram antigos e conhecidos os problemas cardíacos de Cheney, que sofreu cinco ataques cardíacos entre 1978 e 2010 e foi submetido a um transplante de coração em 2012.

Nascido em Lincoln, no Nebrasca, parte da região conhecida como Midwest nos Estados Unidos, Richard Bruce Cheney foi vice-presidente durante os dois mandatos do republicano George W. Bush, de quem a imprensa e analistas viam como uma espécie de “Presidente-sombra”, dado seu nível de influência na condução da política externa e doméstica entre 2001 e 2009.

Ao mesmo tempo, Cheney foi um defensor do fortalecimento dos poderes presidenciais, diante de um progressivo protagonismo do Congresso. Segundo ele, o Executivo havia sido indevidamente restringido pelo Legislativo e Judiciário após a guerra do Vietnã e o escândalo de Watergate.

Cheney chegou a Washington décadas antes de tornar-se vice, durante a era Nixon, quando trabalhou no gabinete de Donald Rumsfeld, a quem sucedeu em 1975 como chefe de gabinete do presidente Gerald Ford. Foi eleito para o Senado pelo Wyoming pela primeira vez em 1978 (meses depois de ter sofrido um de vários ataques cardíacos), de onde saiu em 1989 para ser secretário da Defesa de Bush pai. Foi líder do Pentágono durante a primeira Guerra do Golfo.

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Por seu desempenho como secretário de Defesa, foi recomendado como companheiro de chapa de Bush filho, de quem tornou-se o conselheiro mais confiável e influente — além de arquiteto e executor das principais iniciativas do governo, como o uso do poder militar para promover a democracia no exterior e a defesa de cortes de impostos e de uma economia forte. Atuando livremente nas áreas de política externa e doméstica, funcionava como uma espécie de “superministro” com um portfólio ilimitado, usando sua autoridade para defender a guerra, propor ou barrar legislações, recomendar candidatos à Suprema Corte, promover aliados e neutralizar adversários.

Foi na área de segurança nacional que teve seu impacto mais profundo. Uma década depois de conduzir a Guerra do Golfo, que expulsou com sucesso os invasores iraquianos do Kuwait em 1991, desempenhou um papel central na resposta aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, defendendo políticas agressivas como espionagem sem mandado judicial, detenções por tempo indeterminado e técnicas de interrogatório brutais. Também foi um dos principais apoiadores da invasão ao Iraque, em 2003, para derrubar Saddam Hussein — e completar, segundo ele, o “trabalho inacabado” de sua gestão anterior, mas dando início a anos de guerra no Oriente Médio.

Pela amplitude de sua influência, muitos democratas e até alguns republicanos se perguntavam se Dick Cheney não seria o verdadeiro detentor do poder na Casa Branca durante o primeiro mandato de George W. Bush, considerado um presidente inexperiente. Eventualmente, porém, Bush filho afirmou sua autoridade e a influência de Cheney diminuiu no segundo mandato.

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Nos últimos anos, Cheney juntou-se à filha, a ex-congressista republicana Liz, na crítica pública do trumpismo, sobretudo após a tentativa de reversão dos resultados das eleições presidenciais de 2020 e da invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Ele surpreendeu tanto democratas e quanto republicanos ao anunciar, no ano passado, que votaria na vice-presidente de Joe Biden, Kamala Harris, para presidente nas eleições, condenando seu oponente, Donald Trump, como uma grave ameaça à democracia.

“Temos o dever de colocar o país acima do partidarismo para defender nossa Constituição”, declarou à época.

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