Modelo foi raptada em Milão para ser leiloada na web, diz polícia

De acordo com seu relato, Chloe Ayling, de 20 anos, chegou em Milão no dia 10 de julho e já teve uma sessão de fotos reservada por seu agente para o dia seguinte. A jovem disse que, assim que entrou no apartamento onde aconteceria o ensaio fotográfico, uma pessoa que usava luvas pretas surgiu por trás dela e colocou uma mão em seu pescoço e outra em sua boca. Ao mesmo tempo, outro homem injetou uma substância no seu braço direito, segundo o relato à polícia divulgado pelo jornal italiano Corriere della Sera.

“Acho que perdi a consciência. Quando acordei, estava vestindo um body rosa e as meias em que eu estou agora. Percebi que estava no porta malas de um carro, com meus pulsos e tornozelos amarrados e minha boca lacrada. Eu estava dentro de uma mala, com apenas um pequeno buraco que me permitia respirar “, disse Chloe aos investigadores.

De acordo com a polícia, a mulher foi mantida algemada a uma cômoda de madeira dentro de um quarto durante uma semana. Ela foi liberada no dia 16 de julho em Borgial, uma aldeia isolada perto de Turim.

Os investigadores acreditam que os suspeitos já haviam realizado vários leilões na internet para a venda de mulheres sequestradas. No caso de Chloe, teria sido criada uma conta criptografada para pedir um resgate no valor de 300.000 dólares (939.000 reais) ao seu agente.

Prisão

A polícia italiana deteve um cidadão polonês que reside na Inglaterra, Lukasz Herba, de 30 anos, por suspeita de participação no crime. Ele foi detido no dia 17 de julho em Milão, segundo informou o chefe da unidade de comando móvel da cidade, Lorenzo Buscossi.

As investigações sobre o caso estão em andamento na Itália, Polônia e no Reino Unido. O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico disse que está fornecendo apoio consular à modelo em Milão e que está em contato com as autoridades locais.