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Mobilização na Ilha de Giglio para evitar catástrofe ambiental

Por Por Ljubomir Milasin
17 jan 2012, 11h40

Uma fileira de boias amarelas rodeia o “Costa Concordia”, que naufragou em frente à Ilha de Giglio, no litoral da Toscana, em meio a um movimento incessante de embarcações, que se deslocam entre o porto e o navio em parte submerso, para proteger a ilha de uma catástrofe ambiental.

Luca Cari, porta-voz dos bombeiros que participam das operações ao redor do navio, que encalhou na sexta-feira à noite, mostra-se otimista: “os riscos de contaminação são mínimos, o barco não se move, está estável, não há buracos no casco”.

“Mobilizamos, de forma preventiva, esta fileira de boias cobertas com uma espécie de papel que absorve as manchas de contaminação na superfície do mar. Mas não podemos nos esquecer que se trata de um navio de cruzeiro, não um petroleiro, portanto não há uma quantidade gigantesca de combustível, embora, para uma região tão pequena, um vazamento desta embarcação seria um grave problema”, acrescentou.

A equipe da empresa holandesa Smit Salvage, especializada na recuperação de restos e na extração de combustível, se prepara a bordo de uma pequena embarcação para fazer sua primeira inspeção submarina dentro e fora do barco.

“Temos cerca de quinze mergulhadores que realizarão hoje sua primeira inspeção, que é muito importante para planejar nosso trabalho, compreender aonde vamos e o que faremos”, declarou Rene Robben, supervisor dos mergulhadores da Smit.

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“Ainda esperamos material e equipamentos especiais para começar a transferir o combustível da embarcação até navios-tanque italianos”, acrescentou.

“Sempre começamos extraindo o combustível. Para tirar todo o combustível são necessárias semanas”, explicou o engenheiro Jan Van De Garde de Smit, para quem o trabalho “não é perigoso se for feito usando a cabeça, com prudência”.

“Com ferramentas especiais abrimos um buraco no casco, no qual instalamos uma válvula de segurança e bombeamos o combustível por ali”, explicou o especialista da Smit.

Quanto à evacuação do barco, similar a um gigantesco edifício branco inclinado, “serão seis meses, ou um ano, ou Deus sabe quando…”, comentou, algo desanimado.

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O ministro italiano do Meio Ambiente, Corrado Clini, anunciou na segunda-feira que no próximo Conselho de Ministros será declarado o estado de catástrofe natural para a zona da ilha do Giglio, com o objetivo de desbloquear com mais rapidez os meios necessários para enfrentar a situação.

“É preciso agir rápido, porque, se as condições meteorológicas mudarem, poderemos nos encontrar em uma situação diferente da atual”, disse.

À espera do início de bombeamento do combustível, os socorristas italianos explodiram nesta manhã várias cargas explosivas para abrir passagem no navio e buscar com mais rapidez eventuais sobreviventes nas partes que não foram submersas.

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