Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Mitt Romney aceita indicação e promete criar empregos

Ao se apresentar como candidato a presidente, o republicano falou da falta de vagas de trabalho no país e criticou a política econômica de Barack Obama

Por Da Redação
31 ago 2012, 02h11

“Desejaria que o presidente Obama tivesse obtido êxito, porque quero que os EUA tenham êxito, mas suas promessas deram lugar a decepção e divisão”, afirmou o candidato republicano Mitt Romney

Mitt Romney aceitou formalmente, na noite desta quinta-feira, a indicação do Partido Republicano para concorrer à Presidência dos Estados Unidos contra Barack Obama nas eleições de novembro. No discurso de encerramento da convenção do partido, realizada em Tampa, na Flórida, o ex-governador de Massachusetts, de 65 anos, focou nas dificuldades financeiras enfrentadas pelos americanos e prometeu, se eleito, garantir empregos e reforçar a economia do país. O candidato republicano agradeceu a oportunidade de disputar a Casa Branca e afirmou que a nomeação “é uma grande honra e uma responsabilidade ainda maior”.

Leia mais: Obama x Romney: Quem são e o que defendem os candidatos à Casa Branca

Se no dia anterior Paul Ryan foi responsável por energizar o público da convenção, embora tenha sido criticado por ter encoberto detalhes de seus pontos de vista, nesta quinta Romney não usou artimanhas para cativar a audiência e apresentou um discurso eficiente e sólido, reforçando sua imagem como um administrador bem-sucedido. “Obama prometeu desacelerar a elevação dos oceanos e curar o planeta. Eu prometo ajudar vocês e suas famílias”, afirmou, buscando atingir os eleitores do democrata decepcionados com os últimos quatros anos de governo.

Continua após a publicidade

Empregos – A criação de emprego foi o tema central da apresentação do ex-governador de Massachusetts. “O que é necessário no nosso país hoje não é complicado nem profundo. O que os Estados Unidos precisam é de empregos. Muitos empregos”, disse Romney, citando que uma em cada seis famílias americanas hoje são pobres. O candidato elencou os cinco passos que garantiriam sua ambiciosa meta de criar doze milhões de empregos: tornar os EUA autossuficiente de fontes energéticas; capacitação dos jovens para o mercado de trabalho; fortalecer e criar novos tratados comerciais; cortar impostos para os empresários que geram empregos e, por último, fortalecer as pequenas empresas, simplificando a regulação e eliminando o excesso de impostos. Neste último ponto, Romney afirmou que o Obamacare, apelido do programa de saúde criado pelo atual presidente, onera as empresas e garantiu que irá revogá-lo.

Leia mais: Vice de Romney energiza convenção, mas é chamado de mentiroso

Obama – O republicano atacou medidas de Obama que, segundo ele, estariam ajudando a ampliar o desemprego, como o aumento de impostos para pequenos negócios e o corte de um trilhão de dólares em gastos militares. Romney apontou que a situação nos EUA se tornou sombria e a população pela primeira vez na história do “passou a ter dúvidas” sobre o futuro de seus filhos. “Para a maioria dos americanos que atualmente acredita que o futuro não será melhor do que o passado, posso lhes garantir isso: se Barack Obama for reeleito, vocês estarão certos”, disse Romney.

Ele lembrou que há quatro anos os americanos sentiram “um entusiasmo renovado” com a eleição de Obama, e mantiveram otimismo no futuro. Essa esperança, enfatizou, era compartilhada por cada família que buscava uma melhoria, cada pequeno comércio que tentava prosperar e cada graduado universitário à procura de trabalho. “Desejaria que o presidente Obama tivesse obtido êxito, porque quero que os EUA tenham êxito, mas suas promessas deram lugar a decepção e divisão”, arrematou, arrancando aplausos.

Continua após a publicidade

Mórmon – Em um dos momentos mais pessoais de sua apresentação, Romney se referiu aos EUA como uma “nação de imigrantes” que vieram em busca de liberdade de religião e de oportunidade para construir suas vidas. O republicano citou, pela primeira vez desde o inicio da disputa eleitoral, a questão de ser mórmon. Ele afirmou que não há nada de estranho na religião e que o mais importante é “o dom do amor incondicional”.

Política externa – Tratando de forma breve das questões de política externa, Romney disse que o atual presidente foi fraco em diplomacia. Incapaz de ignorar o maior feito militar da administração de Obama, ele elogiou a equipe especial da Marinha que matou o terrorista Osama bin Laden. Contudo, para ele, os americanos ficaram menos seguros nos últimos quatro anos, pois o democrata “não conseguiu diminuir a ameaça nuclear iraniana”. Segundo o candidato, o presidente relaxou as sanções ao regime cubano e tem deixado de lado o aliado Israel. “Nós vamos honrar os ideiais democráticos americanos porque um mundo livre é um mundo com mais paz”. Ele afirmou que voltará com as políticas externas de Harry Truman e Ronald Reagan.

Clint Eastwood – Antes do discurso principal, o ator, diretor de cinema e republicano convicto Clint Eastwood discursou e foi aplaudido com entusiasmo pelos correligionários. O ator simulou uma entrevista com Barack Obama e levou a plateia ao delírio, inclusive fingindo ser interrompido pelo atual presidente durante o monólogo: “Agora é a minha vez de falar”.

Caio Blinder comenta o discurso de Mitt Romney:

“A mensagem de Romney é a de que o país precisa de um conserto, após ter derrapado (e quase ter ido precicípio abaixo) nos desastres da era Bush e nos descaminhos de esperança e mudança do governo Obama. No entanto, parece um pouco frustrante colocar os destinos do país nas mãos de um mero, competente e experiente solucionador de problemas quando, ao mesmo tempo, a eleição de novembro é delineada como um contraste dramático entre visões de mundo.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.