Míssil da Coreia do Norte cai em zona econômica do Japão, diz Tóquio
Exército sul-coreano também denunciou lançamento de Pyongyang

Um míssil norte-coreano caiu na Zona Econômica Exclusiva do Japão na manhã de quarta-feira (horário local), disse o principal porta-voz do governo, acrescentando que não há relatos até agora de impacto em aeronave ou navios na vizinhança.
O secretário-chefe do gabinete, Yoshihide Suga, afirmou que um míssil caiu às 7h27 (horário local), enquanto outro caiu alguns minutos antes, fora da zona japonesa.
O Exército sul-coreano também denunciou o lançamento e afirmou que o teste de projéteis realizado pela Coreia do Norte nesta quarta-feira poderia ter incluído um míssil balístico a partir de um submarino (SLBM), o que seria o primeiro desse tipo desde agosto de 2016.
O Estado Maior Conjunto sul-coreano (JCS) disse em comunicado que detectou um lançamento às 7h11 (local, 19h11 de terça-feira em Brasília) saído do mar, ao nordeste de Wonsan, na costa oriental. “Estima-se que o projétil é da série Pukguksong e teria alcançado uma altitude máxima de 910 quilômetros e uma distância de 450 quilômetros”, declararam as autoridades de Seul.
A última vez que a Coreia do Norte testou um SLBM, uma arma que multiplica a capacidade de ataque de Pyongyang graças a uma maior mobilidade e dificuldade para detectar lançamentos, foi ao disparar o seu míssil Pukguksong-1, em 24 de agosto de 2016. O teste de três anos atrás foi feito na mesma região que o desta quarta.
A inteligência dos Estados Unidos e a Coreia do Sul investigam, por enquanto, as chamadas “especificações adicionais” do míssil, que voou para o leste e caiu em águas da Zona Econômica Especial do Japão (EEZ) e que pelas caraterísticas de voo poderia ser um novo SLBM com maior alcance.
A base de Sinpo, onde fica o principal centro de desenvolvimento da Coreia de Norte para esse tipo de projétil, fica a apenas 100 quilômetros ao nordeste da cidade litorânea de Wonsan, de onde se acreditava inicialmente que o lançamento havia sido feito.
É em Sinpo onde está sendo desenvolvido o novo batiscafo de Pyongyang, batizado de Sinpo-C pela comunidade de analistas de inteligência, que foi visto pela primeira vez em julho, quando Kim Jong-un o local.
Acredita-se que o Sinpo-C tem maior envergadura que o modelo Sinpo original, com o qual o regime de Kim disparou o Pukguksong-1 em agosto de 2016. Isso responderia à sua capacidade para levar vários projéteis balísticos, ao contrário do primeiro modelo, que carrega apenas um míssil.
(Com Reuters e EFE)
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