Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Ministro sírio da Defesa e cunhado de Assad morrem em atentado suicida em Damasco

Por Da Redação
18 jul 2012, 08h59

O ministro sírio da Defesa, Daud Rajha, e o cunhado do presidente Bashar Al-Assad, Asef Shawkat, morreram nesta quarta-feira em um atentado suicida na sede da Segurança Nacional no centro de Damasco, que deixou, além disso, feridos o ministro do Interior, Mohamed Ibrahim al-Shaar, e vários oficiais do regime.

O ministro Rajha é o primeiro alto dirigente do regime sírio que morre dede o começo da revolta contra o regime Assad, em março de 2011.

A explosão foi realizada por um camicase munido de um cinturão de explosivos e aconteceu poucas horas depois de uma votação no Conselho de Segurança da ONU sobre uma resolução que ameaça a Síria com novas sanções.

“O general Daud Rajha caiu como mártir no atentado terrorista contra o edifício da Segurança Nacional”, anunciou a televisão estatal.

Chefe adjunto do Exército, o general era de confissão cristã.

Continua após a publicidade

Segundo o canal, o atentado aconteceu durante uma reunião de ministros e dirigentes da segurança. O alvo do atentado foi o ultraprotegido prédio da Segurança Nacional, símbolo da repressão, localizado no bairro de Rawda, centro da capital.

Fontes da segurança afirmaram à AFP que vários feridos, entre os quais o ministro do Interior, Mohamed Ibrahim al Shaar, foram levados para o hospital Al Shami na capital.

“O Estado e todas suas instituições estão sendo atacados. É uma guerra aberta contra todos os sírios”, comentou um deputado, Khaled al Abbud. “Há elementos exteriores que atuam para a destruição do Estado sírio”, acrescentou, acusando os Estados Unidos e seus “instrumentos” no interior do país.

Na véspera, os rebeldes sírios lançaram a chamada “batalha pela libertação” de Damasco, onde violentos combates foram travados com a entrada em ação pela primeira vez dos helicópteros do Exército, intensificando ainda mais a violência, que deixou pelo menos 86 pessoas mortas em todo o país.

Continua após a publicidade

Em Moscou, o emissário internacional Kofi Annan, que tenta ressuscitar o seu plano de paz, afirmou que a violência na Síria chegou a um “ponto crítico”, após a Cruz Vermelha Internacional ter classificado o conflito armado de “guerra civil”.

A Rússia, principal aliada do regime de Assad, bloqueou todas as resoluções na ONU que condenavam a repressão. Em Nova York, as negociações sobre um novo mandato dos observadores na Síria enfrentam um impasse. Os ocidentais insistem na aprovação de uma resolução que ameace o regime com sanções, enquanto a Rússia rejeita essa possibilidade.

Segundo o chanceler russo Serguei Lavrov, que classificou os combates que acontecem neste país de decisivos, declarou nesta quarta-feira que a Rússia não permitirá que o Conselho de Segurança adote uma resolução que implique apoio da ONU a uma ‘revolução’ na Síria.

“Neste momenti, ocorrem combates decisivos na Síria. E a adoção de uma resolução (ocidental) seria um apoio direto a um movimento revolucionário. Se é uma revolução, a ONU não tem nada a ver com isso”, declarou Lavrov.

Continua após a publicidade

Iniciada em março de 2011, a revolta popular, violentamente reprimida pelo regime, degenerou em conflito armado entre soldados e rebeldes. Mais de 17.000 pessoas morreram no país em 16 meses, segundo o OSDH.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.