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Ministro do Trabalho renuncia, em meio a escândalo de corrupção

Por Evaristo Sa
4 dez 2011, 21h24

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, apresentou neste domingo sua “demissão em caráter irrevogável” à presidente Dilma Rousseff, em meio a escândalos causados por irregularidades em sua pasta, tornando-se o sexto ministro a deixar o governo em seis meses devido a denúncias de corrupção publicadas pela imprensa.

“Tendo em vista a perseguição política e pessoal da mídia que venho sofrendo há dois meses; levando em conta a divulgação do parecer da Comissão de Ética (…) decidi pedir demissão do cargo, em caráter irrevogável”, diz uma nota divulgada pelo ministério.

“Saio com a consciência tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal, e confiante, por acreditar que a verdade sempre vence”, concluiu o ex-ministro do PDT, que, desde 2007, ocupava o Ministério do Trabalho.

Na semana passada, a Comissão de Ética da Presidência recomendou a demissão de Lupi, depois que suas explicações frente ao escândalo não convenceram.

A Presidência aceitou a demissão do ministro, agradeceu por seu “empenho e dedicação”, e anunciou que ele será substituído interinamente pelo secretário executivo do ministério, Paulo Roberto dos Santos Pinto.

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As denúncias começaram com um artigo publicado pela revista “Veja” no começo de novembro, que relacionava um assessor do ministério a supostos subornos a organizações que assinaram contratos com a pasta.

Lupi também é acusado de ter viajado, em 2009, num avião alugado por uma organização que obteve, posteriormente, contratos para realizar projetos ligados ao ministério.

Com a demissão de Lupi, a presidente Dilma Rousseff perdeu desde junho seis ministros por causa de denúncias de corrupção, desvio de dinheiro público e outras supostas irregularidades, como enriquecimento súbito: os das pastas Casa Civil, Transportes, Agricultura, Turismo, Esportes e Trabalho. Um sétimo ministro, o da Defesa, Nelson Jobim, foi obrigado a pedir demissão após criticar outros integrantes do gabinete.

Após ser acusado de corrupção pela imprensa, Lupi tentou sobreviver no cargo por várias semanas, e prestou declarações polêmicas, chegando, inclusive, a pedir desculpas à presidente Dilma Rousseff.

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