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Ministro de Relações Exteriores da Itália renuncia

Giulio Terzi deixou o cargo por não concordar a decisão do governo de enviar dois militares italianos para serem julgados pela morte de pescadores na Índia

Por Da Redação
26 mar 2013, 17h10

O ministro de Relações Exteriores da Itália, Giulio Terzi, anunciou sua renúncia ao cargo durante um pronunciamento no Parlamento, nesta terça-feira. O chanceler disse que resolveu sair por não concordar com a decisão do governo de permitir o retorno à Índia de dois marinheiros italianos, para julgamento. Eles são acusados de matar dois pescadores indianos.

“Renuncio porque durante 40 anos considerei e hoje considero de maneira ainda mais forte que é preciso proteger a honorabilidade do país, das Forças Armadas e da diplomacia italiana. Renuncio porque sou solidário aos nossos dois militares e com suas famílias”, disse Terzi, acrescentando que sua opinião não foi ouvida pelo governo.

O premiê interino Mario Monti se disse surpreso com a decisão do ministro, uma vez que os dois se encontraram pela manhã e Terzi não falou nada sobre seus planos de renunciar.

O ministro da defesa Giampaolo Di Paola criticou a posição de Terzi. “Eu não abandonaria um barco em dificuldade, com Massimiliano e Salvatore a bordo”.

Caso – Os marinheiros Massimiliano Latorre e Salvatore Girone são acusados de atirar em dois pescadores indianos em fevereiro de 2012, enquanto faziam a segurança de um cargueiro italiano contra ataques piratas. Os dois dizem que confundiram a pequena embarcação com piratas.

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O caso criou uma tensão diplomática entre a Índia e a Itália, depois que o governo de Monti impediu a volta dos militares para Nova Délhi no dia 11 de março. Até esta data, os dois deveriam retornar à Índia, depois de terem conseguido autorização para deixar o país para votar nas eleições parlamentares realizadas em fevereiro na Itália.

Roma sustenta que os militares têm imunidade e que a jurisdição do incidente é da Itália, uma vez que a embarcação italiana estaria em águas internacionais, de acordo com imagens de satélites. Por outro lado, Nova Délhi defende que os marinheiros sejam julgados em tribunais indianos, porque, segundo a Índia, o incidente ocorreu em águas territoriais.

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A decisão de enviar os italianos de volta a Índia foi tomada no dia 21 de março, depois de o embaixador italiano em Nova Délhi, Daniele Mancini, ser impedido de sair do país, porque a Suprema Corte local considerou que ele enganou os indianos quando prometeu a volta dos militares na data combinada.

As eleições de fevereiro deixaram a Itália em uma situação de ingovernabilidade, pois nenhum partido conquistou maioria no Senado. O problema com a Índia levantou acusações de que o governo italiano também apresenta fraquezas no campo diplomático.

(Com agências EFE e Reuters)

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