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Mineiros avisaram sobre riscos, mas não puderam sair

Horas antes do acidente, eles ouviram rangidos de rocha na mina e pediram para voltar à superfície. O gerente de operações, porém, não deixou

Por Da Redação
19 out 2010, 11h46

“Pinilla sabia muito bem o que acontecia na mina, ele não pode negar. Fazia vários dias que estava rangendo. Eu me apresentarei diante da comissão investigadora”

Omar Reygadas, um dos mineiros

Os mineradores que permaneceram presos durante 69 dias a 700 metros de profundidade na mina San José, no norte do Chile, afirmaram que alertaram os executivos da empresa três horas antes do desmoronamento sobre o perigo que corriam. Ainda assim, não foram autorizados a sair do local.

As declarações foram feitas nesta terça-feira pelo deputado Carlos Vilches, membro da comissão que investiga o acidente. Ele afirmou que alguns dos trabalhadores resgatados estão dispostos a ratificar a acusação no Parlamento chileno. Vilches disse que Juan Illanes, um dos mineradores resgatados, relatou que nas horas prévias ao desmoronamento os trabalhadores advertiram que os rangidos de rocha na mina San José eram mais fortes do que o habitual e pediram para voltar à superfície.

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Conforme o relato do mineiro, o pedido foi negado pelo gerente de operações da mina, Carlos Pinilla. “Todos sabiam do risco, mas esses senhores atuavam com indiferença. O razoável era tirá-los de lá”, acrescentou Vilches. A versão de Illanes foi confirmada por seus companheiros Jimmy Sánchez e Omar Reygadas. “Pinilla sabia muito bem o que acontecia na mina, ele não pode negar. Fazia vários dias que estava rangendo”, disse Reygadas.

O mineiro se prontificou a repetir seu relato em qualquer lugar: “Eu me apresentarei diante da comissão investigadora. É meu dever”. Cristián Barra, o assessor do Ministério do Interior que esteve na mina durante todo o resgate, concordou que havia sinais que antecipavam o acidente. “A opinião dos especialistas é que isto não ocorreu de um minuto para o outro”, explicou ao jornal chileno La Tercera.

(Com agência EFE)

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