Militar francês e cerca de 20 jihadistas morrem em confronto no Mali
Morte de sargento eleva para dez número de franceses mortos desde o início da intervenção no país
A França informou nesta quarta-feira que um de seus militares e cerca de vinte fundamentalistas foram mortos durante um intenso confronto no norte do Mali, perto da fronteira com a Argélia.
O escritório do ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, declarou em um comunicado que as forças francesas enfrentaram um grupo de cerca de trinta combatentes no vale de Tigharghar, parte da região montanhosa de Adrar des Ifoghas.
Entenda o caso
- • No início de 2012, militantes treinados na Líbia impulsionam uma grande revolta dos tuaregues no norte do Mali. Em março, o governo sofre um golpe de estado.
- • Grupos salafistas, com apoio da Al Qaeda, aproveitam o vácuo de poder para tomar o norte do país – onde impõem um sistema baseado nas leis islâmicas da ‘sharia’.
- • Em janeiro de 2013, rebeldes armados, com ideais bastante heterogêneos, iniciam uma ofensiva em direção ao sul do Mali, e o presidente interino, Dioncounda Traoré, pede socorro à França.
- • Com o aval das Nações Unidas, François Hollande envia tropas francesas e dá início a operações aéreas contra os salafistas, numa declarada guerra contra o terrorismo.
“Houve um combate especialmente violento. Nosso soldado foi ferido mortalmente e outros dois ficaram feridos”. Do outro lado, aproximadamente vinte jihadistas “fortemente armados” foram mortos, informou uma nota do chefe das forças armadas.
Os gabinetes do presidente francês, François Hollande, e do ministro da Defesa confirmaram a morte de Thomas Dupuy, sargento de uma unidade de comandos paraquedistas da força aérea.
Sua morte eleva para dez o número de soldados franceses mortos desde que a França interveio militarmente no Mali em janeiro de 2013 para ajudar a repelir rebeldes que assumiram o controle do norte da ex-colônia francesa.
Uma fonte do Ministério da Defesa disse que as forças francesas lançaram uma operação no fim de semana contra dezenas de jihadistas que haviam retornado à região, depois de terem sido expulsos no ano passado.
(Com agência Reuters)