Milhares de milicianos iraquianos seguidores do clérigo radical xiita Moqtada al-Sadr, líder da Corrente al-Sadr, desfilaram neste sábado em Bagdá em resposta ao chamado para que formem brigadas destinadas a “proteger os lugares sagrados da comunidade no Iraque”.
Segundo os organizadores da marcha, o repúdio a uma nova intervenção militar estrangeira no Iraque também estava entre os objetivos da demonstração.
O braço militar da Corrente al-Sadr, o Exército Mehdi, foi uma das milícias mais ativas na insurgência contra as tropas dos Estados Unidos após a invasão do país em 2003. Responsável também por uma onda de assassinatos sectários, a força suspendeu suas atividades armadas em 2011.
Os milicianos desfilaram com armas e falaram palavras de ordem a favor de al-Sadr, assegurando estar prontos a cumprir suas ordens. Participaram xeques tribais, clérigos e deputados do chamado Bloco dos Livres, segunda força mais votada nas eleições legislativas de abril, ao conseguir 28 cadeiras.
Combates – O Iraque vive uma deterioração de sua segurança pelos enfrentamentos do exército contra a insurgência sunita, liderada pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), no norte do país.
O EIIL tomou o controle de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, e ameaça continuar rumo a Bagdá e aos santuários xiitas de Karbala e An-Najaf.
Nesta madrugada, tomou o controle de um dos três postos de fronteira existentes entre a Síria e o Iraque.
Os terroristas conseguiram entrar na cidade de Al-Qa’im após duros enfrentamentos com as forças de segurança do Iraque. O porta-voz militar iraquiano, Qasem Ata, anunciou em entrevista coletiva em Bagdá na manhã deste sábado que o combate aos terroristas em Al-Qa’im prossegue com a ajuda dos moradores.
(Com agência EFE)