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Milhares pedem renúncia da presidente na Coreia do Sul

Park Geun-Hye é acusada de participar de um esquema de corrupção e tráfico de influências para favorecer uma amiga próxima

Por Da redação
12 nov 2016, 12h35

Milhares de sul-coreanos tomaram Seul neste sábado para exigir a renúncia da presidente Park Geun-Hye, no maior protesto da história democrática do país. Park é suspeita de estar envolvida em um escândalo de corrupção de grandes proporções, que favorecia uma amiga de infância da presidente.

“Renuncie, Park Geun-hye” foi a frase mais dita pelos manifestantes (220 mil segundo a polícia e um milhão segundo os organizadores) e onipresente nos cartazes que ocuparam a praça da Prefeitura e a avenida Gwanghwamun, na capital sul-coreana. Os manifestantes acompanharam o protesto com velas acesas e iniciaram uma passeata pacífica rumo à Casa Azul, residência oficial da presidente.

O escândalo veio à tona após a descoberta de que Choi Soon-Sil, uma amiga íntima da presidente, sem cargo público, teria influenciado discursos e participado de forma oculta em assuntos de Estado. Choi também teria usado sua influência para arrecadar fundos para supostas instituições de caridade, para depois se apropriar de parte do dinheiro.

O fato de que uma desconhecida tenha tomado importantes decisões governamentais e obtido riqueza e privilégios por sua exclusiva conexão levou  o país a dar as costas à presidente. Após duas primeiras manifestações nas semanas anteriores, partidos da oposição e 1.500 organizações civis se coordenaram para organizar o protesto em massa deste sábado, com o objetivo de aumentar a pressão sobre a chefe de Estado.

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O êxito da convocação reforça as vozes que pedem renúncia de Park, cujo nível de popularidade caiu nas últimas pesquisas até 5%, o mais baixo de um líder sul-coreano na história. Quando o caso veio à tona, Park se dispôs a ser investigada por um órgão independente do governo, mas disse que não deixaria o cargo voluntariamente. Já sua íntima amiga permanece detida para ser interrogada.

Choi também é acusada de fundar um grupo de conselheiras próximas ao governo, denominado “as oito deusas”, que estaria envolvido em atividades “místicas” para influenciar a presidente. Ela é filha de Choi Tae-min, fundador da seita Igreja da Vida Eterna, que se tornou mentor de Park depois do assassinato da mãe da presidente, em 1974. Devido a isso, parte dos sul-coreanos acreditam que uma espécie de xamã esteve governando o país na sombra durante os últimos quatro anos.

(Com EFE)

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