(Com agência Reuters)
Afetada pela crise econômica mundial, a Microsoft anunciou nesta quinta-feira que vai cortar 5.000 postos de trabalho – o maior corte já realizado na história da gigante do software. Além disso, a empresa divulgou seus resultados trimestrais, que ficaram aquém da expectativa de Wall Street. A companhia também informou que não poderá dar estimativa de ganhos para todo o resto do ano fiscal.
Segundo o comunicado, a empresa registrou um lucro líquido de 4,17 bilhões de dólares, ou 0,47 dólar por ação, naquele que é o seu segundo trimestre fiscal, encerrado em 31 de dezembro. No mesmo período um ano antes o ganho foi de 4,71 bilhões de dólares, ou 0,50 dólar por ação.
Já a receita da companhia de software cresceu 2% na comparação com igual período do ano anterior, para 16,63 bilhões de dólares – número abaixo da expectativa dos analistas, que era uma receita de 17,1 bilhões de dólares.
Segundo a empresa, por conta disso, 1.400 pessoas serão mandadas para casa imediatamente. As demissões restantes serão feitas ao longo dos próximos 18 meses e ocorrerão nas áreas de pesquisa, desenvolvimento, marketing, vendas, setor financeiro, jurídico, de recursos humanos e de tecnologia.
A Microsoft ressaltou, entretanto, que os cortes não devem afetar a operação brasileira, que atualmente emprega 570 pessoas. “A Microsoft Brasil esclarece que o anúncio de redução de quadros feito hoje pela Microsoft Corporation não afetou a operação da empresa no Brasil”, disse a empresa em comunicado.
Como era de se esperar, o anúncio de cortes e dos resultados provocou reação negativa nos investidores: as ações da Microsoft despencaram cerca de 10% nesta quinta, para o menor patamar já atingido desde janeiro de 1998. Às 15h20, os papéis afundavam 9,91%, a 17,45 dólares. Antes, o valor mínimo já atingido pelos papéis da empresa era de 17,19 dólares.