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México vota em eleições cruciais que apontam volta do PRI

Por Por Isabel Sánchez
1 jul 2012, 21h11

Os mexicanos foram às urnas neste domingo sob um forte esquema de segurança devido à violência do narcotráfico e a temores de fraudes, em eleições que apontam para a volta do PRI à presidência 12 anos depois de ter perdido o poder após polêmicas administrações ao longo de sete décadas.

Às 18H00 local (20H00 Brasília), os centros de votação em 25 dos 31 estados mexicanos já estavam fechados, e a eleição prosseguia apenas em seis estados da costa noroeste do México: Chihuahua, Sinaloa, Sonora, Nayarit, Baixa Califórnia Sul e Baixa Califórnia. No último estado, a eleição será encerrada somente às 20H00 local (22HOO Brasília), quando os meios de comunicação poderão divulgar suas projeções.

O primeiro resultado oficial, baseado em 7.500 urnas selecionadas, está previsto para às 23H45 local (01H45 de Brasília), segundo o Instituto Federal Eleitoral.

Todas as pesquisas apontam para a vitória de Enrique Peña Nieto, candidato do Partido Revolucionário Institucional (PRI), com ampla margem sobre o esquerdista Andrés Manuel López Obrador e a governista Josefina Vázquez.

No total, 143.132 seções eleitorais em todo o país foram habilitadas para receber 79,5 milhões de mexicanos, para votação em turno único que decidirá o sucessor do presidente Felipe Calderón, por um período de seis anos, e que também renovará as duas câmaras do Congresso.

O candidato do opositor Partido Revolucionário Institucional (PRI), Enrique Peña Nieto, aparece como franco favorito em todas as pesquisas, com até 17 pontos de vantagem sobre o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, e mais de 20 sobre a governista Josefina Vázquez Mota, da conservadora Ação Nacional (PAN).

Na Cidade do México, onde também ocorreu eleição para prefeito, a esquerda obteve uma ampla vitória, com o ex-procurador local Miguel Ángel Mancera somando cerca de 60% dos votos, segundo as pesquisas de boca de urna.

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Cercado por centenas de seguidores, em seu povoado natal Atlacumulco, no subúrbio da capital mexicana, um sorridente Peña Nieto disse entre flashes das câmeras, com ares de vitorioso, que espera “que o povo do México seja o vencedor”.

Impulsionado pela máquina do PRI e favorecido por seu jeito de galã de telenovela, Peña Nieto, advogado de 45 anos, prometeu um “governo eficaz” que proporcione segurança e crescimento econômico, em um país assolado pela violência e pela pobreza, que aflige 47% dos 112 milhões de mexicanos.

Seu principal adversário, López Obrador, ex-prefeito da Cidade do México de 58 anos, que votou no sul da Cidade do México, pediu uma participação massiva: “É a única arma que os cidadãos têm para conseguir a mudança”.

Criticado pela violência desencadeada pela ofensiva contra as drogas de Calderón, o PAN deve sofrer uma grande derrota, com uma candidata que não conseguiu se livrar da imagem de “continuidade”, mesmo prometendo ser “diferente”.

Helicópteros e policiais vigiaram os centros de votação e instituições estratégicas da populosa Cidade do México, e os militares patrulharam as regiões mais violentas, como Tamaulipas, Veracruz, Nuevo León e Guerrero, onde atuam poderosos cartéis, como Los Zetas e o de Sinaloa, que disputam o controle das rotas das drogas.

“A segurança é o mais importante, foi o que determinou o meu voto”, disse à AFP Gabriel González, um professor de 49 anos, em Monterrey -capital de Nuevo León, próximo de um quartel da polícia, fechado depois de ter sido atacado a tiros e com uma granada no início do ano.

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Apesar do esquema montado, duas pessoas foram assassinadas neste domingo em um ataque a um posto de combustíveis perto de um centro eleitoral no estado de Veracruz, embora o governo da região tenha negado qualquer relação do fato com as eleições.

“Um grupo de indivíduos atacou um posto de combustíveis em San Vicente”, em Veracruz, e “assassinou duas pessoas”, disse à imprensa Antonio Ignacio Manjarrez, membro do Instituto Eleitoral de Veracruz.

Apesar das ameaças que pairam sobre o processo, Leonardo Valdés, presidente do Instituto Federal Eleitoral (IFE) prometeu “a festa democrática mais limpa e imparcial”.

O movimento universitário “#YoSoy132”, que acusa a imprensa, principalmente a gigante Televisa, de promover Peña Nieto, organizou protestos no sábado para exigir eleições limpas.

O IFE anunciará os resultados de uma amostra representativa da votação às 23h45 local (01h45 de Brasília).

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