México: Justiça nega pedido para investigar eleição
Tribunal considera que não tem atribuição legal e alegou que solicitação feita por coalizão de esquerda deve ser apresentada antes à autoridade eleitoral
O Tribunal Eleitoral do México rejeitou a solicitação da coalizão de esquerda Movimento Progressista para a abertura de um processo extraordinário de fiscalização sobre a eleição presidencial de 1º de julho, vencida pelo candidato do Partido Revolucionário Institucional (PRI), Enrique Peña Nieto.
A Justiça mexicana declarou improcedente o pedido da coalizão “por considerar que essa determinação não faz parte de suas atribuições e faculdades legais”, indicou o órgão judicial em comunicado.
O juiz Pedro Esteban Penagos alegou que o Tribunal Eleitoral do México não pode obrigar o Instituto Federal Eleitoral (IFE), máxima autoridade administrativa em matéria de eleições, a proceder em um determinado sentido. O caso, disse o magistrado, deve primeiro ser apresentado ao IFE e, de acordo com o que for decidido por essa autoridade, os interessados poderão levá-lo à Justiça.
O Movimento Progressista reivindicou a invalidação do pleito presidencial sob o argumento de que a coligação vencedora, liderada pelo PRI, incorreu em diversos atos ilícitos como despesas excessivas e uso de dinheiro de origem ilícita na campanha.
Em setembro, o tribunal deverá pronunciar-se sobre a validade da eleição presidencial, vencida por Peña Nieto com 38,21% dos votos, contra os 31,59% obtidos pelo candidato do Movimento Progressista, Andrés Manuel López Obrador.
(Com agência EFE)