México descarta recontagem total dos votos das eleições
Candidato de esquerda denunciou 'inconsistência' em 80% das urnas
O Instituto Federal Eleitoral do México (IFE) decidiu nesta quarta-feira não ordenar uma recontagem total dos votos das eleições do domingo passado, medida solicitada pela esquerda do país. A decisão, portanto, continua nas mãos dos conselhos eleitorais de cada distrito.
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O presidente do IFE, Leonardo Valdés, lembrou em seu discurso inicial que a lei estabelece as razões para se realizar a recontagem de votos nos 300 distritos eleitorais do país. A lei diz que isso deve ser feito quando a diferença entre o primeiro e segundo lugar for igual ou menor a um ponto percentual e o segundo lugar solicitar a apuração. Também quando os votos nulos são iguais ou maiores à diferença de votos entre o primeiro e o segundo lugar, quando há evidências de fraude e quando todos os votos foram para apenas um partido em uma mesa eleitoral.
Na terça-feira, a esquerda mexicana, liderada por Andrés Manuel López Obrador, pediu para que todos os votos sejam recontados. Obrador denunciou ‘inconsistências’ em pelo menos 80% das mesas de votação, após ser anunciado o resultado da vitória de seu rival, Enrique Peña Nieto, do Partido Revolucionário Institucional (PRI).
Apesar de descartar uma recontagem total, Valdés afirmou que possivelmente será necessário fazer uma recontagem de um terço dos votos, processo previsto nas leis eleitorais.”Se as causas forem aprovadas, os conselhos distritais estão capacitados a fazer a recontagem”, afirmou Valdés. Nas eleições legislativas de 2009, também foi realizada a recontagem de um terço dos votos, conforme foi estipulado por uma reforma de 2007-2008, que estabeleceu os parâmetros para que a medida seja efetuada.
(Com agência EFE)