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Merkel defende política de refugiados após atentados

A chanceler alemã afirmou ainda que seu país está em "guerra" contra o EI, mas não está "em nenhuma guerra contra o islã"

Por Da redação
Atualizado em 28 jul 2016, 18h21 - Publicado em 28 jul 2016, 16h08

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou nesta quinta-feira que os atentados de Wurzburg e Ansbach, cometidos por refugiados, não mudarão a política de acolhimento de refugiados. Em entrevista coletiva, Merkel garantiu que o país conseguirá superar o “teste histórico” que está enfrentando.

“Os terroristas querem minar nosso senso de comunidade, nossa receptividade e nossa vontade de ajudar as pessoas necessitadas. Nós não aceitaremos isso”, disse.

Merkel, que interrompeu suas férias em função da recente onda de atentados na Alemanha, tentou amenizar o medo dos alemães após os ataques registrados no estado da Baviera – na semana passada, um menor refugiado afegão feriu quatro pessoas com um machado e uma faca em um trem perto de Wurzburg, no domingo, e um refugiado sírio de 27 anos detonou uma bomba em Ansbach e deixou 15 feridos. A Baviera tornou-se via de entrada de centenas de milhares de refugiados que chegam à Alemanha a partir do sul da Europa. 

Ambos os ataques foram reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI). A líder alemã afirmou ainda que a Alemanha está em “guerra” contra o EI, mas não está “em nenhuma guerra contra o islã”.

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A chanceler reconheceu que os ataques demonstram que o jihadismo chegou à Alemanha, mas reiterou que os culpados não são os refugiados. Segundo ela, essas pessoas são diferentes de todos os outros que vieram ao país fugindo da perseguição e da guerra. A intenção dos jihadistas, de acordo com a chanceler, é atacar um estilo de vida e uma sociedade aberta, colocar à prova toda a unidade e quebrar o desejo de amparo.

Merkel apresentou um plano de medidas com várias das iniciativas já implementadas ou anunciadas para, por exemplo, melhorar o registro dos refugiados, agilizar as expulsões daqueles que não tenham direito a asilo ou que sejam criminosos, e possibilitar a intervenção do Exército em caso de alerta terrorista grave.

A chanceler lembrou, no entanto, que é preciso colaboração dos parceiros europeus para lidar com o problema e admitiu sua decepção com a “pouca disposição” de alguns países em compartilhar as responsabilidades diante da crise dos refugiados.

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Após a lamentar a “insegurança generalizada” que foi provocada pelos atentados realizados por refugiados, Merkel ressaltou que a responsabilidade do governo é restaurar a confiança do cidadão e garantiu que fará todo o possível para reforçar a segurança.

Os políticos, destacou, não podem atuar sob medo e devem zelar pelo artigo 1 da Constituição da Alemanha, que garante que a dignidade humana é inviolável, e que respeitá-la e protegê-la é obrigação de todo o poder público do país.

Merkel afirmou que a Alemanha está em “guerra” contra o EI, mas não está “em nenhuma guerra contra o islã”. E descartou ampliar a colaboração do país à coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, que luta contra o grupo jihadista na Síria e no Iraque.

(Com EFE)

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